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(Foto: JBS/Divulgação)

Em meio ao cenário da pandemia do coronavírus, que afetou a demanda pelas proteínas animais, por causa do fechamento de bares e restaurantes, os preços da carne bovina seguem firmes no mercado atacadista da Grande São Paulo, enquanto carnes de suínos e de frango se desvalorizam com força neste mês.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), a sustentação do preço da carne bovina vem da baixa oferta de animais prontos para o abate e do bom ritmo das exportações brasileiras da proteína. Já no mercado de suínos e de aves a oferta de se sobrepõe à demanda. Eles observam que muitos avicultores já começam a relatar diminuição no alojamento.

O levantamento do Cepea mostra que em abril, enquanto a carcaça casada do boi registra apenas ligeira desvalorização de 1%, os valores da carcaça suína recuaram mais demais de 20% e os do frango resfriado 15%.

Suinoculura

Os analistas do Cepea observam que os preços do suíno vivo e da carne voltaram aos patamares observados em fevereiro do ano passado, em termos nominais. “Enquanto o mercado de carne apresenta baixa liquidez – diante de restaurantes e outros serviços de alimentação fechados ou trabalhando de forma parcial –, a indústria acumula estoques e a demanda por novos lotes de animais para abate está cada vez menor”, dizem eles.

A retração na demanda tem provocado aumento do volume de suínos que ficam nas granjas, reforçando a pressão sobre os valores negociados. No mercado da carne suína, pesquisas do Cepea apontam que além das inseguranças por conta da pandemia de coronavírus, a demanda pela proteína também é limitada pelo período de segunda quinzena, em que tradicionalmente parte da população diminui suas compras.
Source: Rural

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