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Mais de 1.600 litros da cerveja foram apreendidos a pedido do Ministério da Agricultura (Foto: Getty Images)

 

 

Márcio Quintão de Freitas, de 76 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (15/01) em decorrência da síndrome nefroneural, suspeita de ser causada pela contaminação por dietilenoglicol, presente em garrafas de cerveja fabricada pela empresa Backer, em Belo Horizonte (MG).

De acordo com a Polícia Civil, essa é a terceira pessoa a morrer por indícios da presença das moléculas dietilenoglicol e monoetilenoglicol na cerveja Belorinzontina.

“A gente conseguiu evidenciar a água que tem contaminação com glicol, que está sendo utilizada no processo cervejeiro”, disse o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Glauco Bertoldo, durante coletiva de imprensa nesta quarta.

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A pasta interditou a cervejaria mineira na última sexta-feira (10/01) e intimou o recolhimento dos produtos. A investigação da presença das substâncias nas bebidas ainda segue em andamento, e Bertolo afirma que nenhuma hipótese foi descartada. “Sabotagem pode ocorrer, pode haver utilização inadvertida, ou simplesmente vazamento, ainda estamos averiguando”, disse.

“Não bebam”

Mais de 1.600 litros da bebida foram apreendidos, já que moléculas de dietilenoglicol e monoetilenoglicol foram encontradas no sangue das vítimas. O coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Carlos Vitor Müller, disse que foram coletadas cerca de 30 amostras, entre produtos e matéria-prima.

“A gente observou um pico de aquisição [de monoetilenoglicol] nos meses de outubro e novembro, sendo um fornecedor nacional”, relatou Müller, e complementou ao dizer que ainda não é possível quantificar quantas pessoas possam ter sido afetadas com os lotes contaminados da cerveja Backer.

Enquanto a análise dos materiais é feita, a diretora de marketing da cervejaria Backer, Paula Lebbos, enfatizou que as pessoas não consumam a Belorizontina. "O que estou pedindo é que não bebam a [cerveja] Belorizontina, qualquer que seja o lote. Eu não sei o que está acontecendo", afirmou, ao explicar que a mesma cerveja é vendida com o nome de Capixaba no estado do Espírito Santo, e também deve ser evitada.

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Source: Rural

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