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Ativistas do Greenpeace protestam na França (Foto: Jérémie Jung/Greenpeace)

 

Ativistas do Greenpeace fizeram um protesto, na manhã desta quinta-feira (26/9), na residência da Embaixada do Brasil em Paris, na França, onde o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está hospedado. Eles se manifestaram contra o posicionamento dos governos dos dois países em relação ao desmatamento na Amazônia.

Com faixas “Bolsonaro, assassino da Amazônia” e alarmes sonoros, o Greenpeace criticava o que chemou de cumplicidade do governo francês e de empresas pelos crimes ambientais, No momento do protesto, Salles estava reunido com representantes de 18 empresas francesas e bancos. O grupo ambientalista usou apitos, buzinas e um veículo exibindo uma visão dos incêndios da Amazônia, impedindo a entrada ou saída de pessoas do local.

Em conversa por telefone, o ministro Salles disse à revista Globo Rural que o Greenpeace não conversou com ele. “Havia cerca de 15 pesssoas no protesto, mas não houve bloqueio da embaixada. Eles não falaram nada, ficaram uma hora com a faixa e apito na porta e depois foram embora. Nós estávamos em reunião com 18 empresas francesas,  dentre elas a EDF, BNP, L'Oreal, Tereos, Tag, NAVAL, LVMH, Credit Agrícole, Air Liquide e Total. Nessa reunião, reiteramos nossos laços históricos de amizade, parcerias e mútuo trabalho conjunto, além de novos desafios na área da bioeconomia na Amazônia”, disse Salles.

"Cruzada"

Em nota divulgada no site oficial do Greenpeace francês, a organização não governamental (ONG) disse que a turnê do ministro pela Europa, iniciada agora em Paris, é uma “cruzada do governo brasileiro” é uma estratégia sem credibilidade. “Desde que assumiu o cargo, o governo de Jair Bolsonaro vem trabalhando duro para desmantelar as políticas ambientais”.

“Hoje, estamos testemunhando um contra-ataque do governo brasileiro, que está tentando acalmar as tensões corretamente levantadas pelos incêndios na Amazônia. Ao enviar seu ministro do Meio Ambiente em turnê para conhecer as grandes empresas, Jair Bolsonaro tenta preservar as relações comerciais de seu país e melhorar a imagem do governo brasileiro, mas não engana ninguém ", disse Suzanne Dalle, especialista em agricultura para Greenpeace França.

"Estamos aqui hoje para denunciar a política do governo brasileiro, mas a França também é cúmplice nesse incêndio político ao não tomar medidas concretas para proibir a chegada de matérias-primas que contribuíram para o desmatamento".

A nota ainda cita que o discurso do presidente Jair Bolsonaro na assembleia da ONU, na segunda-feira passada, em que disse que a Amazônia ainda estava quase intacta. “Uma mentira negada pelo Greenpeace Brasil, que sobrevoou a semana passada o norte do país para identificar as áreas desmatadas, uma observação avassaladora apoiada por imagens de satélite”, diz a nota, trazendo um link com vídeo do sobrevoo.
Source: Rural

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