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Preservação da floresta é importante para evitar o aquecimento global e para manter a biodiversidade, diz editorial do jornal Financial Times (Foto: Cristiano Martins / Arquivo / Ag. Pará )

 

“O acordo Mercosul-União Europeia vai aumentar ou reduzir o desmatamento? A resposta está com a União Europeia.” Esta é a conclusão do jornal britânico Financial Times, em editorial publicado na edição desta quinta-feira (22/8). Para a publicação especializada em economia e negócios, o desmatamento na Amazônia é, atualmente, o maior problema a ser enfrentado no mundo.

De acordo com o jornal, a situação é urgente por duas razões. A primeira é a própria necessidade de se preservar a floresta para ser ter uma esperança de evitar o aquecimento do clima no planeta em 2 graus Celcius. A segunda é porque a floresta amazônica contém a maior biodiversidade do planeta, além de ser o lar de populações indígenas.

“Se for reduzida para menos de um limite crítico, pode se tornar muito pequena para gerar suas próprias chuvas e manter seus rios. Quando um ponto crítico for atingido, o ecossistema pode entrar em colapso e a floresta se tornar uma savana, dizem cientistas”, pontua o jornal.

Ao relacionar a situação com a economia global, o Financial Times afirma que acordos comerciais tendem a aumentar e aprofundar o acesso a mercados. Mas pondera que, no caso do acordo entre os blocos europeu e sul-americano, o efeito pode ser até mesmo negativo. É nesse ponto que os editorialistas do jornal britânico correlacionam a expansão comercial e o desmatamento florestal.

O editorial pontua que, com um grande mercado para exportar carne bovina e outros produtos agrícolas, um país como o Brasil se beneficia produzindo mais e aumentando sua capacidade de suprir a demanda por esses produtos. E afirma que o presidente da República, Jair Bolsonaro, vem adotando posturas que, na visão da publicação, têm “facilitado” o desmatamento da Amazônia.

“O diretor responsável por reportar os dados de satélite foi demitido, uma pessoa ligada ao agronegócio foi indicada para cuidar de questões indígenas, a supervisão de territórios indígenas foi transferida para o Ministério da Agricultura e o orçamento para a segurança foi cortado”, afirma o editorial.

A consequência, de acordo com os britânicos: “o desmatamento, em julho, triplicou em relação a uma ano atrás”.

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Source: Rural

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