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Prorrogação das parcelas de crédito de investimento dos produtores que vencem neste ano, parcelamento em dois anos das parcelas de custeio de 2022 e retirada de taxas cobradas pelas instituições financeiras sobre o valor dos financiamentos para alongamento das operações de crédito. São algumas das medidas emergenciais solicitadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, e a outros três ministros para auxiliar produtores rurais de várias regiões do país afetados pelas secas ou pelas enchentes das últimas semanas.

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Lavoura afetada pela seca no PR (Foto: Divulgação/MAPA)

 

Assinados pelo presidente da CNA, João Martins, os ofícios foram enviados na terça-feira (26/1). O texto endereçado à ministra Tereza Cristina propõe ações de caráter urgente para produtores prejudicados pelas secas no Sul, Sudeste e Centro Oeste e pelas chuvas na Bahia e em Minas Gerais.

“As perdas nas lavouras de milho e soja são significativas nas regiões Sul e de Mato Grosso do Sul e em alguns municípios da região Sudeste, o que impede os produtores de honrarem seus compromissos financeiros na safra 2021/2022”, diz o presidente da CNA, segundo nota da assessoria.

No ofício encaminhado aos ministros Paulo Guedes (Economia), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), a entidade defende a criação de uma linha de crédito especial, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e condições diferenciadas, para os produtores impactados pelas intempéries climáticas, ocorridas em dezembro de 2021 e janeiro de 2022, na Bahia e em Minas Gerais.

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A Confederação relatou casos em que produtores tomaram financiamentos, compraram insumos e não puderam semear, ou semearam fora da janela de plantio indicada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), devido ao déficit hídrico. Citou também que na região Sul houve perdas expressivas para a fruticultura, olericultura e pastagens, situação semelhante ao que ocorreu na Bahia e Minas Gerais em função do excesso de chuvas.

Além das medidas emergenciais, a CNA solicitou o apoio do Mapa para a implantação de medidas estruturantes para o setor agropecuário, como agilidade na regulamentação para a reservação de água nas propriedades rurais e a priorização das políticas de gestão de riscos.

Minas Gerais

Em reunião nesta quarta (26/1) com o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio de Salvo, a ministra Tereza Cristina disse que está ciente das dificuldades dos pequenos produtores que tiveram suas atividades e suas casas completamente comprometidas com as chuvas que assolaram Minas Gerais e Bahia e fez promessas.

“Vamos a Minas Gerais fazer uma visita e já temos ações que vamos começar a trabalhar, como renegociações de dívidas, para que os produtores tenham algum tipo de alento”, disse.
Source: Rural

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