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A cadeia produtiva do leite entra em 2022 curando as feridas de 2021. A demanda fragilizada e os custos elevados de produção tiveram o efeito de reduzir investimentos e afetaram a rentabilidade de produtores, o que fez muitos desistirem do negócio.

O forte aumento de custos teve a ver, por sua vez, com a alta, ao longo do ano, dos combustíveis, da energia e dos preços das commodities agrícolas, o milho em particular (que no Brasil sofreu o impacto das condições climáticas ruins ao longo do primeiro semestre).

Tendências Leite (Foto: Estúdio de Criação)

 

Na média de janeiro a outubro de 2020, o produtor precisava então de 33,2 litros de leite para comprar uma saca de milho. Já na média de janeiro a outubro de 2021, o poder de compra do produtor caiu, e ele passou a precisar vender 43 litros de leite para adquirir a mesma quantidade de milho, chegando a 47 litros no segundo trimestre.

“Em um ano, o produtor perdeu, na média, 30% do poder de compra de um insumo básico, o que tirou muitos produtores do segmento leiteiro e prejudicou os investimentos”, resume Natália Grigol, pesquisadora do Cepea/Esalq/USP.

Analista do Rabobank, Andrés Padilla chama a atenção para o fato do segmento depender quase exclusivamente da demanda interna. A perda de renda das famílias e o salário mínimo no menor patamar da série histórica em termos reais, o consumo de leite recuou 5% em 2021 e pressionou as margens da indústrias, diz ele.

Em 2022, o horizonte clareou um pouco para os produtores, já que as chuvas vieram na hora certa. “No geral, teremosem 2022 um impacto menor no custo da ração. E provavelmente será um ano com inflação mais comportada”, afirma Padilla, com a demanda sustentada pelo auxílio de R$ 400 que o governo pretende pagar.

(Gráfico: Estúdio de Criação)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Source: Rural

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