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De acordo com dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), entre janeiro e novembro de 2021, foram desmatados 10.222 km² de floresta, área 31% superior à suprimida no ano passado. Não é a primeira vez que a Amazônia assiste a 10 mil quilômetros quadrados sendo desmatados, mas este é um novo recorde para a década. A área desmatada é equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo, sendo que apenas em novembro uma área de 480 km² foi aberta, o que corresponde ao território de Porto Alegre.

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Vista aérea de um desmatamento na Amazônia na região de Labrea, em Rondônia (Foto: Victor Moriyama/Amazônia em Chamas)

 

É no Pará (60%), Mato Grosso (11%) e em Rondônia (9%) que o desmatamento está mais presente, segundo o estudo, o que torna apenas três dos nove estados da Amazônia Legal responsáveis por 80% da prática na região em novembro. O caso mais grave é o Pará, estado que lidera o ranking há sete meses consecutivos, conforme acompanhamento do Imazon, e que registrou apenas em novembro 290 km² de devastação.

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Também em novembro de 2021, a maioria (54%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (40%), Unidades de Conservação (4%) e Terras Indígenas (2%).

“As consequências do aumento do desmatamento observado neste ano são inúmeras, entre elas a intensificação do aquecimento global, a alteração do regime de chuvas e a perda da biodiversidade”, alerta a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim. Ela também sugere intensificar a fiscalização e punição dos responsáveis pelo desmatamento ilegal, principalmente nas áreas críticas, como próximas às comunidades indígenas, tradicionais e quilombolas. 

É necessário também embargar as atividades que estão ocorrendo em locais desmatados ilegalmente

Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon

 

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Source: Rural

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