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O Instituto Agronômico (IAC) disponibilizou ao setor sucroenergético, na terça-feira (23/11), três novas variedades de cana-de-açúcar durante encontro no Centro de Cana, em Ribeirão Preto (SP). Segundo nota da entidade, o pacote tecnológico que caracteriza as três cultivares promete elevada produtividade ao longo dos cortes, alto teor de sacarose, resistência às principais doenças da cultura e porte ereto, com indicação para diversos ambientes e ótimos desempenhos em diferentes regiões brasileiras.

De acordo com o IAC, novas variedades de cana podem ser plantadas em diversas regiões do Brasil (Foto: Reprodução/IAC)

 

Denominadas IACSP04-6007, IACCTC05-2562 e IACCTC05-9561, as novas variedades podem ser cultivadas nas regiões canavieiras de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Cada uma carrega características que as adaptam às diversas condições de ambiência, apresentando resultados que dependem de sua instalação de acordo com os nichos previstos no desenvolvimento feito pelo Programa Cana IAC, da Secretaria de Agricultura de São Paulo, que completa 130 anos neste mês.

Segundo Marcos Guimarães de Andrade Landell, líder do Programa Cana IAC e diretor-geral do Instituto Agronômico, as novidades vão compor o arsenal biológico que contribuirá para a verticalização da produtividade dos canaviais paulistas e brasileiros.

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No caso da 6007, a produtividade estimada é 13% superior à variedade mais plantada no Brasil, afirma o Instituto. Esse acréscimo representa 10 toneladas a mais de cana por hectare. "Esses ganhos são ainda maiores nos nichos regionais para onde ela é indicada", afirma Landell. É também muito versátil por apresentar excelente adaptação à região Sul e Centro Paulista até o Norte do Paraná e Mato Grosso do Sul.

Já a 9561, desenvolvida no Oeste baiano, tem mostrado uma ótima adaptação à mecanização, sendo uma excelente opção nos manejos avançados de canavicultura, diz Landell. Ela tem se destacado no cerrado brasileiro e está sendo plantada na usina Jalles Machado, no norte de Goiás. O coordenador de pesquisa do Grupo Jalles Machado, Waldemir Queiroz, afirma que a produtividade inicial da variedade é em torno de 120 toneladas por hectare.

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A 2562 tem como característica um crescimento inicial mais lento e menor volume de folhas. Landell explica que isso é positivo porque, no período da seca, quanto mais folhas tiver a planta, maior será a perda hídrica pela massa foliar. O pesquisador do IAC ressalta que as novas variedades comerciais foram desenvolvidas dentro da estratégia de alto potencial para nichos regionais, já que a composição do canavial deve ser diversificada, com diferentes variedades para seguir a recomendação de cada material representar, no máximo, 15% da área total.
Source: Rural

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