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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nota repudiando o pedido feito pela Associação dos Produtores de Carne dos Estados Unidos (NCBA) ao Departamento de Agricultura do país (USDA) pata impedir a entrada de carne brasileira no mercado americano. O argumento dos americanos é a detecção de casos atípicos de mal da vaca louca, que levaram também à suspensão de exportações do Brasil para a China.

Carcaças suspensas em frigorífico. Depois da China, criadores de gado e políticos dos Estados Unidos fazem pressão contra a carne brasileira (Foto: Getty Images)

 

"A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) condena qualquer medida
arbitrária que vá contra os pilares do comércio internacional. Assim, repudia a conduta
adotada pela entidade americana", afirma a entidade, no comunicado.

No comunicado, a CNA destaca que o Brasil nunca registrou casos da forma típica de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) e que, no país, a legislação proíbe o uso de proteína animal para a alimentação dos ruminantes, o que pode causar a contaminação desses animais. E, em relação aos casos atípicos, a Confederação destaca que o Brasil já cumprir todos os trâmites exigidos pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).

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"O Brasil tem um forte sistema de defesa sanitária, graças ao trabalho do governo brasileiro, em conjunto com os produtores rurais. O trabalho é reconhecido pela própria OIE, que nos últimos anos concedeu ao Brasil o status de zona livre de doenças como a febre aftosa e de risco insignificante para a vaca louca", diz a CNA. "Entendemos que, ou a NCBA está desinformada ou adota a postura protecionista com viés econômico e sem nenhum caráter sanitário", acrescenta o comunicado.

A pressão de entidades de criadores de gado americanas chegou ao Congresso do país. O senador Jon Tesler, democrata pelo estado de Montana, apresentou um projeto de lei para suspender as compras de carne bovina brasileira, sob o argumento de que especialistas devem avaliar a "segurança das commodities", após os casos atípicos de mal da vaca louca no Brasil.

 

 
Source: Rural

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