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O Produto Interno Bruto (PIB) da Agropecuária deve crescer 1% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período no ano passado, de acordo com o projetado pelo Ministério da Economia, no Boletim MacroFiscal de novembro, divulgado na quarta-feira (17/11) pela Secretaria de Política Econômica (SPE). Em relação ao segundo trimestre de 2021, a expectativa é de estabilidade no desempenho do setor.

Problemas climáticos afetaram safra e influenciaram nas projeções do PIB Agropecuário (Foto: Secretaria de Agricultura do Paraná/Divulgação)

 

No relatório, a Secretaria justitica os números no resultado da safra 2020/2021 com base nos problemas climáticos enfrentados no país e em outras parte do mundo. Citando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Boletim MacroFiscal destaca que a produtividade de diversas lavouras foi afetada e, assim, a colheita deste ano deve totalizar 251,2 milhões de toneladas, queda de 1,2% em relação ao ano anterior.

"Ao longo do ano, os prognósticos têm recuado devido a problemas climáticos que impactaram importantes lavouras, como as de milho e de feijão", pontua o documento.

Já para 2022, a expectativa é de recuperação, com uma alta de 7,8% em relação a este ano. Em quantidade, isso representa uma chegada a 270,7 milhões de toneladas de grãos. Se a projeção for confirmada, a colheita baterá um novo recorde.

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Nas projeções do Ministério da Economia, a atividade agropecuária deve registrar o menor nível de crescimento, comparando a outros setores. Para o tereceiro trimestre deste ano, o Boletim MacroFiscal espera avanço de 6,2% nos serviços e 1,8% na indústria, ante o mesmo intervalo em 2020. Já quando a comparação é feita com o segundo trimestre deste ano, as projeções são desses setores crescerem em 1,5% e 0,3%, respectivamente.

No resultado geral, a SPE indica uma retração na expectativa de crescimento do PIB brasileiro tanto para este ano quanto para o ano que vem. A previsão anterior era de crescimentos de 5,3% em 2021 e 2,5% em 2022. Agora, é de 5,1% e 2,1%, respectivamente. 

A previsão para a inflação medida pelo IPCA para 2021 também foi revisada de 7,9% para 9,7%. Para 2022, a projeção passou de 3,75% para 4,70%.

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No cenário global, isso é traduzido pela quebra das cadeias produtivas devido à falta de insumos, pelos problemas na oferta da matriz energética e pelo elevado nível do preço das commodities. Por sua vez, no âmbito local, a perda no poder de compra é um dos principais fatores para a retração no PIB.

A partir de 2023, o Ministério afirma que a projeção de crescimento do PIB voltará a se estabelecer em 2,5% e os responsáveis por tal fato seriam os efeitos positivos das reformas pró-mercado e do processo de consolidação fiscal. Também a partir desse ano, os estudos indicam a convergência para a meta econômica da inflação estabelecida por Guedes: 3,25% em 2023 e 3% de 2024 em diante.

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Source: Rural

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