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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu, nesta segunda-feira (15/11), a redução da burocracia no acesso a recursos estrangeiros no Brasil e o acerto de "aspectos tributários" relacionados ao fluxo de capital externo no país. Ela fez as afirmações em Dubai, nos Emirados Árabes, onde integra a comitiva do presidente Jair Bolsonaro. Em pronunciamento, a ministra destacou possibilidades de investimentos no agronegócio brasileiro, mencionando de forma particular os títulos verdes, de acordo com comunicado divulgado pelo Ministério.

“Com sucessivos recordes de produção agropecuária no Brasil, nossos excedentes aumentam e os mercados mundiais são seu destino natural. Por isso, temos que desburocratizar o ingresso de recursos externos no país e acertar aspectos tributários para não atrapalhar esse fluxo de capitais”, disse a ministra, conforme o comunicado.

Ministra Tereza Cristina discursa em Dubai (Foto: Ministério da Agricultura)

 

A ministra participou do Forum Invest in Brazil, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria a Câmara de Comércio Àrabe-Brasileira (CCAB). Tereza Cristina enfatizou a sustentabilidade e a eficiência da produção agropecuária brasileira, além da capacidade do setor de responder aos desafios da demanda mundial por alimentos com retorno financeiro.

Se levarmos em conta que poucas nações terão capacidade de aumentar a própria produção de forma tão acentuada em curto período, os principais fornecedores, entre os quais o Brasil, precisarão encontrar formas ainda mais eficazes de plantio, colheita e distribuição. Nós já estamos nesse caminho”, disse, segundo a nota.

O presidente Jair Bolsonaro também participou do evento. Em seu discurso, enfatizou a questão ambiental do Brasil. Disse que as críticas que o país recebe em relação à Amazôniza são injustas. E ignorando dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do próprio governo, disse que a Floresta Amazônica não queima, por ser úmida. O preidente disse ainda que a floresta está 90% preservada tal como foi encontrada no ano de 1.500, quando houve o descobrimento do Brasil.

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Enquanto o governo tenta atrair investimentos do Oriente Médio para o mercado brasileiro, o setor privado também se movimenta. De acordo com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), empresários de diversos setores sinalizaram disposição de travar parcerias estratégicas com empresas árabes, pensando na retomada da economia depois da Covid-19. No fim de semana, em um seminário, lideranças empresariais destacaram oportunidades no mercado brasileiro em diversos segmentos, o agronegócio entre eles.

Dados citados em publicação da Agência de Notícias Brasil Árabe, ligada à CCAB, mostram uma balança comercial favorável ao lado brasileiro em relação aos países árabes. As exportações de janeiro a setembro deste ano somaram US$ 1,6 bilhão, com destaques para carne de frango e açúcar. As importações brasileiras no período somaram US$ 635 milhões.

De acordo com o chefe do escritório da Cãmara Árabe em Dubai, Rafael Solimeo, os Emirados árabes receberam investimentos de US$ 99,2 milhões em investimentos do Brasil e, 2020. E grandes empresas têm unidades instaladas na região, entre elas a BRF, do setor de carne de frango e suína.

O presidente da Câmara Árabe, Osmar Chohfi, destacou que, para estreitar as relações comerciais com a região é importante entender a cultura árabe. “Eles consomem o que há de melhor no mundo e estão atentos à sustentabilidade do produto”, disse, destacando como diferencia a certificação halal, para produtos feitos de acordo com os preceitos e tradições islâmicas.
Source: Rural

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