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Representantes de governos estaduais e instituições de pesquisa de São Paulo e dos estados da região amazônica reúnem-se, nesta quinta-feira (4/11), em Brasília (DF), para acertar detalhes de um edital que prevê investimentos que podem superar os R$ 100 milhões em pesquisas para a Amazônia. O Fundo Amazônia +10 foi anunciado, nesta semana, durante a COP26, pelo Governo de São Paulo, que, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp), pretende aportar o maior volume de recursos.

Fundo investirá em pesquisa na Amazônia (Foto: Globo Rural)

 

A realização da reunião foi confirmada pela Fapesp, nesta quarta-feira (3/11). De acordo com a instituição, o Fundo Amazônia +10 será uma iniciativa conjunta de São Paulo com Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, para promover o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação na região. “É um fundo para cientistas procurando desenvolver a Ciência”, resumiu o presidente da Fapesp, Marco Zago, en entrevista à Globo Rural.

A previsão inicial, segundo o governo paulista é de que o edital seja lançado dentro de 30 dias, a contar da última segunda-feira (1/11), quando o fundo foi detalhado pelo governador de do Estado, João Doria. “Como o Brasil está sendo visto com maus olhos, é o momento certo para uma iniciativa desse tipo”, afirma Zago. Em 30 anos de existência, a instituição investiu R$ 665 milhões

Zago não entra em detalhes — as linhas de pesquisa começarão a ser definidas na reunião —, mas adianta: “Trabalharemos com tudo que diz respeito à melhora na qualidade de vida, é um leque amplo de pesquisas”. Biodiversidade, populações indígenas e idiomas regionais fazem parte dos planos, segundo ele. “São questões fundamentais”, diz Zago.

Conforme anunciado pelo Governo de São Paulo, só a Fapesp deve aplicar R$ 100 milhões. Mas o montante pode ser maior, conforme as possibilidades de outros estados. Se houver participação da iniciativa privada, o governo paulista avalia que o total pode chegar a R$ 500 milhões.

“São Paulo está numa situação confortável em função da política de recursos para as instituições — é um apoio de Estado que não existe no resto do país”, diz o presidente da Fapesp. “Nossa expectativa é que isso atraia investimentos da iniciativa privada, inclusive internacionais, o que costuma gerar de quatro a cinco vezes mais dinheiro”, acrescenta.

Críticas

Adversário político do presidente Jair Bolsonaro, Doria criticou a política ambiental do governo federal na segunda-feira (1/11), ao anunciar o fundo para pesquisas na Amazônia. “Falta atitude e comprometimento ambiental", disse o governador.

No mesmo dia, em um evento, em Brasília (DF), divulgado como o início da participação brasileira na COP26, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou um reforço nas metas do país para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Na terça-feira (2/11), a representação brasileira assinou um acordo para a redução global nas emissões de metano e outro para a redução do desmatamento.
Source: Rural

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