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A suspensão das importações de carne bovina brasileira pela China, que completa dois meses nesta, quinta-feira (4/11), levou às exportações do produto in natura do Brasil a ficarem abaixo das 100 mil toneladas pela primeira vez desde 2018. A informação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Costela bovina. Exportações de carne in natura ficaram abaixo de 100 mil toneladas pela primeira vez em 3 anos(Foto: CNA/Wenderson Araújo/ Trilux)

 

Citando dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os pesquisadores destacam que os embarques de carne bovina totalizaram em outubro 82,18 mil toneladas, sem considerar os produtos processados, o menor volume desde junho de 2018. Naquela época, o país vivia uma greve de caminhoneiros que afetou o fluxo de mercadorias.

Agora, a avaliação é de que a ausência do mercado chinês mostrou seus efeitos sobre as exportações de carne bovina in natura do Brasil.  "É a primeira vez em pouco mais de três anos que as exportações brasileiras de carne bovina ficam abaixo de 100 mil toneladas. Isso se deve à manutenção da suspensão dos envios da carne bovina brasileira à China, o maior destino internacional da proteína", diz o Cepea, em nota.

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A permanência do embargo acentua a incerteza no setor. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) calcula que, se a situação permanecer até o final do ano, as perdas na cadeia produtiva podem chegar a US$ 1,8 bilhão.

A situação levou à primeira queda nos preços médios de carnes ao consumidor em 16 meses, de acordo com o IPCA-15, a prévia da inflação oficial, divulgada em meados de outubro. Um movimento, de acordo com os dados do IBGE, puxado por cortes de carne bovina.

No campo, o preço do boi gordo acumulou baixa de 11,83% no mês passado, de acordo com o indicador do Cepea, com base no mercado de São Paulo. No dia 29 de outubro, a referência para a arriba foi de R$ 257,10. Na quarta-feira (3/11), depois de um alta no dia anterior, voltou a cair, valendo R$ 256,65.
Source: Rural

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