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Apesar de mais ambiciosa, a nova meta para redução das emissões de gases de efeito estufa ainda pode estar aquém do que o Brasil deveria apresentar na COP-26, avalia, em nota, o Observatório do Clima. A condição nacionalmente determinada (NDC) para corte na emissão será reajustada de 43% para 50% em 2030, segundo fala do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, em transmissão ao vivo que deu início a participação do Brasil na Conferência do Clima.

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Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, em abertura da participação do Brasil na COP-26 (Foto: Reprodução/TV Brasil)

 

O anúncio leva o governo atual ao mesmo patamar de ambição proposta há seis anos por Dilma Rousseff. Além de não apresentar mudança em relação aos níveis propostos em 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris, o ministro não esclareceu qual será a base de cálculo utilizada para a atualização.

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A atualização da NDC acontece em um momento em que o governo é visto como praticante de uma "pedalada climática", por ter mantido o volume de gases emitidos e apenas mudando a linha de referência para o cálculo de projeção das emissões. 

De acordo com o Observatório do Clima, a "pedalada de carbono" é "a regressão na ambição da NDC proposta em 2020 pelo governo Jair Bolsonaro, que resultaria numa emissão adicional de 400 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e) em relação à meta anunciada em 2015 por Dilma Rousseff".

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NDC será ajustada de 43% para 50% de corte de emissão em 2030; meta é a mesma que Brasil estipulou em 2015 (Foto: Reprodução/Observatório do Clima)

 

"Depois de quase um ano expondo o Brasil ao escárnio diante do mundo e sendo
processado na Justiça por violar o Acordo de Paris, o governo enfim aprendeu a fazer
uma conta matemática simples que empata nossas metas com as do passado, que já
eram muito insuficientes. É uma irresponsabilidade com o planeta e com o futuro dos
brasileiros", diz Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório.

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O discurso de Joaquim Leite aconteceu em uma programação paralela à agenda oficial da COP-26, e foi transmitido de um estúdio em Brasília. O ministro só deve chegar à Conferência do Clima em Glasgow, na Escócia, no dia 05 de novembro. 

Na abertura oficial, nesta segunda-feira (01/11), a jovem indígena Txai Suruí, de Rondônia, foi a primeira representante do Brasil a discursar. Aos 24 anos, ela chamou a atenção para que as mudanças de comportamento do Planeta comecem "não em 2030 ou 2050, é agora!"

"Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência climática, por isso devemos estar no centro das decisões que acontecem aqui. Nós temos ideias para adiar o fim do mundo", afirmou. 

Jovem indígena brasileira, Txai Suruí discursa na abertura oficial da COP-26 (Foto: Reprodução/COP-26)

 

 
Source: Rural

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