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Uma corrida contra o tempo. Foi assim que Alok Sharma, presidente da COP-26, resumiu a urgência de frear o aquecimento global e reduzir os danos provocados pelas mudanças climáticas. Ele falou com a imprensa, nesta terça-feira (26/10), sobre as expectativas para a Conferência do Clima, a ser realizada em Glasgow, na Escócia, a partir de domingo (31/10).

Na entrevista coletiva, feita via internet, ele disse que a economia global se desenvolveu através dos combustíveis fósseis no decorrer da história, mas agora é o momento de zerar as emissões de gases de efeito estufa. Sharma conta que tem ouvido dos países membros do G20 que “as mudanças climáticas não respeitam fronteiras e é possível ver os efeitos do clima em todo o mundo, por isso os países esperam que a COP-26 seja um sucesso”.

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Alok Sharma, presidente da COP-26, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (26/10) (Foto: Reprodução/Zoom)

 

De acordo com ele, ainda há tempo de manter o aquecimento do planeta em até 1,5ºC pela próxima década, mas, para isso, “os países precisam fazer mais, fazer tanto quanto falam”. “Nós precisamos fazer mais, em uma escala global, e as negociações em Glasgow devem ter a noção do quanto vão afetar as próximas gerações”, reforçou.

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Sharma lembrou que o relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), divulgado em agosto deste ano, mostrou que o momento é mais desafiador do que em 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris. “Teremos que fazer progressos além dos compromissos nacionalmente determinados (NDCs, na sigla em inglês), mas também tomar mais atitude e em menos tempo”, comentou.

Quando questionado sobre a inclusão de temas relacionados aos recursos hídricos nas discussões,o presidente da COP-26 indicou que um dos painéis será focado na natureza. Mas ponderou que “a economia proveniente das soluções baseadas na natureza e as negociações a respeito serão discutidas no decorrer das duas semanas”. ´Euma discussão que interessa ao Brasil, seja pela bioeconomia, pela agricultura de baixo carbono ou ainda pela matriz energética limpa.

A COP-26 será realizada presencialmente. Alok Sharma ressaltou que a organização do evento ofereceu vacinar todos os delegados que não puderam se vacinar em seus respectivos países. De quem já tiver tomado a vacina, será exigido isolamento de cinco dias. Para os não vacinados, serão dez. “A COP estará cobrindo os gastos para garantir que o evento seja o mais inclusivo possível”, declarou.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que se recusou a tomar a vacina, ainda não está entre a lista dos chefes de Estado confirmados a participar da Conferência do Clima.

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Source: Rural

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