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O desmatamento da Amazônia foi equivalente a mais de 4 mil campos de futebol por dia no mês de setembro. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira (20/10), pelo Instituto do Homem e Meio Ambienta da Amazônia (Imazon), para quem o ritmo do desmatamento segue acelerado na região.

desmatamento (Foto: Verde Brasil/17)

 

De acordo com o Instituto, 1,224 mil quilômetros quadrados de floresta foram devastados no mês passado. É a pior marca para setembro dos últimos dez anos, uma área equivalente ao município do Rio de Janeiro. O levantamento é feito com base em imagens de satélite.

O desmatamento registrado em setembro foi 1% maior que detectado no mesmo mês em 2020. Um ano atrás, a área desmatada na Amazônia tinha sido de  1,218 mil quilômetros quadrados. Em relação a setembro de 2019, o aumento é de 53%, de acordo com o Instituto.

"Foi o sexto mês de 2021 em que a Amazônia teve a maior área destruída na década: março, abril, maio, julho e agosto também registraram o pior desmatamento desde 2012. Com isso, o acumulado de janeiro a setembro deste ano chegou a 8.939 km², 39% a mais do que no mesmo período em 2020 e o pior índice em 10 anos", diz o Imazon, em comunicado.

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Conforme o levantamento, o Pará liderou o ranking no desmatamento em setembro, mantendo-se pelo quinto mês seguido como o estado onde a Amazônia é mais desmatada. Em setembro, foram suprimidos 434 quilômetros quadrados, 39% do total registrado no período.

Em seguida, aparecem Amazonas e Rondônia, com 261 quilômetros quadrados (21% do total) e 178 quilômetros quadrados (14% do total), respectivamente. Na avaliação dos técnicos do Imazon, o desmatamento nesses dois estados está avançando, principalmente, na área de divisa com o Acre, quinto colocado no ranking, com 118 quilômetros quadrados devastados (10% do total).

“Nos nossos últimos monitoramentos, estamos percebendo um avanço da destruição da floresta na divisa entre Amazonas, Rondônia e Acre, o que indica uma nova fronteira do desmatamento. Isso pode ter relação com a localização de um polo agropecuário na região”, sugere Larissa Amorim, no comunicado do Imason.

COP-26

Na avaliação do Imazon, os dados do desmatamento na Amazônia reforçam a necessidade do Brasil apresentar ações mais efetivas para proteger a Amazônia na próxima Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-26), em Glasgow, na Escócia. Entre as ações, a instituição menciona aumento na fiscalização e de embargos sobre áreas devastadas ilegalmente, além da punição dos responsáveis.

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"A intensificação do desmatamento na Amazônia Legal não favorece a imagem do Brasil na COP-26. É necessário que o país adote urgentemente medidas significativas para combater o desmatamento e, consequentemente, reduzir as emissões dos gases de efeito estufa”, afirma a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, no comunicado.
Source: Rural

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