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Em reunião com representantes da Frente Parlamentar Agropecuária, na terça-feira (5/10), integrantes do governo brasileiro prometeram levar à COP26 a imagem de sustentabilidade do país e cobrar as nações mais ricas do cumprimento de seus compromissos contra os efeitos das mudanças climáticas. Em resposta, a bancada ruralista disse estar "alinhada" com a atuação do Ministério do Meio Ambiente.

“Não há e nunca deve haver competição entre produção de alimentos e conservação do meio ambiente, estamos umbilicalmente ligados. Não haverá vida humana sobre o planeta sem alimentos e sem um meio ambiente equilibrado,” frisou o presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), de acordo com o divulgado pelo colegiado.

Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, fala ao parlamentares da FPA, em reunião (Foto: FPA)

 

A COP26 será realizada entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, com a expectativa de reunir representantes de 196 países. Um dos principais temas em debate será a regulamentação de um mercado global de créditos de carbono, conforme previsto no artigo 6º do Acordo de Paris, assinado em 2015, durante a COP 21, na capital francesa.

“A ideia é levar pequenos casos de empreendedorismo e mostrar que o Brasil tem várias ações reais de empreendedores que desenvolvem atividades com sustentabilidade,” disse o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, de acordo com o divulgado pela FPA.

Segundo ele, o Brasil vai cobrar dos países desenvolvidos a remessa de um montante maior do que os US$ 100 bilhões prometidos em 2015 e não executados. Defendendo o pagamento por serviços ambientais, Leite afirmou que não pode combater o desmatamento sem remunerar quem cuida das florestas.

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Ainda conforme o divulgado pela Frente Parlamentar Agropecuária, o ministro interino de Relações Exteriores, Fernando Simas Magalhães, ressaltou que o Brasil tem demonstrado a capacidade de conciliar produção e preservação ambiental. E que a agropecuária, sendo um dos "pilares da economia nacional", terá uma importante contribuição com o cumprimento das metas assumidas pelo Brasil no acordo de Paris.

Entre as metas, mencionadas pela FPA, em seu comunicado, estão a redução de 43% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030, reflorestar 12 milhões de hectares de áreas, reduzindo o desmatamento, recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e ter 45% de energia elétrica proveniente de fontes renováveis.

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“Há pouco tempo atrás nós não vendíamos o produto, nós não sabíamos negociar. Agora a agricultura inverteu o quadro. Somos produtores e vendedores mundiais,” acrescentou o Secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes, citando a CPR Verde, anunciada pelo governo federal na semana passada.

Em sua visão, a COP 26 é uma oportunidade para o Brasil negociar seu ativo verde e mostrar que tem uma agricultura sustentável, além do Código Florestal mais severo do mundo.
Source: Rural

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