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A Embrapa Pecuária Sudeste, que teve 900 dos 2.600 hectares de sua fazenda em São Carlos (SP) queimados no dia 8 de setembro e perdeu 33 animais no pior incêndio de sua história de 46 anos, vai usar drones, câmeras termográficas, ações de georreferenciamento e mapeamento de áreas como medidas preventivas. “Essas medidas visam a antecipação e preparação para combate mais eficiente de incidentes desta natureza. Todo esse processo exigirá o envolvimento e o apoio dos nossos parceiros públicos e privados”, disse, em nota, o chefe-geral da unidade, Alexandre Berndt.

Fazenda da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), foi atingida pelo pior incêndio de sua história (Foto: Embrapa Pecuária Sudeste)

 

Segundo ele, a taxa de destruição do fogo chegou a quatro hectares por minuto. Além das 32 bezerras desmamadas da raça Canchin que morreram queimadas no dia, mais uma morreu por causa dos ferimentos no dia seguinte e outros 10 animais sofreram lesões e queimaduras. Eles estão sendo tratados por veterinários da Embrapa e já mostram sinais de recuperação. O rebanho da fazenda de pesquisa é composto por 1.800 animais, entre bovinos de leite e corte, ovinos e equinos.

A prioridade da Embrapa é reconstruir a fazenda, minimizar os prejuízos para as pesquisas e focar no bem-estar dos animais. “Nós somos uma empresa de cérebros e vamos usar essa inteligência para repensar novas formas de combater os incêndios e reestruturar a fazenda”, destacou Berndt.

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Mesmo com todas as ações, ainda há focos de fogo na propriedade, que estão sendo combatidos pela brigada de incêndio e monitorados pelos drones e câmeras com sensores térmicos, segundo o chefe administrativo, Marco Aurélio Bergamaschi. Os rebanhos foram deslocados para áreas de pasto que não foram atingidas e os 70 quilômetros de cercas queimadas estão sendo substituídos. Além disso, a equipe cuida da revisão da parte hidráulica e dos bebedouros que foram danificados pelas chamas.

Antes do dia 8, as brigadas da Embrapa estavam acompanhando focos em áreas vizinhas com o objetivo de proteger as áreas de reserva nativa. Quando o fogo pulou para a fazenda, a prioridade passou a ser proteger as pessoas, os animais e o patrimônio. Berndt dirige uma equipe de 100 pessoas, entre pesquisadores e funcionários.

Além da Embrapa, mais duas instituições de pesquisas públicas foram alvos de grandes incêndios no início deste mês em São Paulo. Primeiro foi o Instituto de Zootecnia (IZ) de Nova Odessa, órgão da Secretaria Estadual da Agricultura, que perdeu 300 de seus 870 hectares de área de pastagem e canavial. Depois, foi o IZ de Sertãozinho, que teve focos de incêndio por três dias. Não foi informado o total de área queimada da unidade, que tem 2 mil hectares e 2 mil cabeças de gado.
Source: Rural

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