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A colheita da segunda safra 2020/2021 de milho está na reta final em boa parte do Brasil. A temporada foi marcada pela queda de produtividade em razão das adversidades climáticas, como falta de chuvas e ocorrência de geadas em grande parte do ciclo de produção. Contudo, de acordo com o levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, infestações de pragas, como a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), agravaram ainda mais a situação em algumas áreas.

Além do clima, pragas acentuaram queda de produtividade do milho (Foto: Marcelo Min / Ed.Globo)

 

Esse cenário causou danos severos a diversas culturas, especialmente ao milho e surpreendeu parte dos agricultores, principalmente no Sul do País, onde a ocorrência severa da praga era desconhecida. Também houve ataque de percevejos em algumas praças acompanhadas pelo Cepea.

O levantamento do Cepea mostra que grande parte das lavouras tem apresentado produtividade média abaixo de 50 sacas por hectare na região Sul. Dessa forma, muitos agricultores estão com dificuldades para cumprir os contratos de entrega do milho – alguns, inclusive, já acionaram os seguros rurais para tentar amortizar os prejuízos.

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No Cerrado, o milho de segunda safra tem registrado produtividades médias de 90 sacas por hectare em Rondonópolis (MT) e de 50 sacas por hectare em Uberaba (MG), inferiores às observadas no último ciclo. O Cepea leva em consideração que, nessas regiões, a incidência da cigarrinha-do-milho é mais comum, portanto, produtores conseguiram controlar melhor a praga na comparação com o Sul.

O uso de defensivos, que tinha como alvo os percevejos, também ajudou. Ainda assim, o atraso no plantio e o clima desfavorável resultaram em queda de 15% a 40% na produtividade em boa parte das regiões do Cerrado.

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Custo elevado

Para conter o avanço da cigarrinha no milho, produtores de algumas regiões precisaram elevar o número de aplicações de defensivo. Como consequência, nesta segunda safra, cálculos do Cepea mostram aumento da participação dos gastos com defensivo sobre o Custo Total (CT), o que pressiona a margem líquida do agricultor.

Na região de Cascavel (PR), onde a cigarrinha do milho deixou produtores em alerta, foram necessárias duas aplicações extras do insumo na safra 2020/2021 em relação à anterior. As aplicações representaram elevação de R$ 39,88 por hectare (ou de 0,58 sc/ha) nos custos. Nesse cenário, os agricultores paranaenses investiram 3,05% do Custo Total (CT) da atual safra no combate à praga, contra 2,24% na safra anterior.
Source: Rural

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