Skip to main content

Com a presença de amigos e transmissão online, foi realizado nesta terça (14/9) em Decatur, no Texas, o velório do peão brasileiro Amadeu Campos, que morreu aos 22 anos pisoteado por um touro em prova da segunda divisão da PBR, em Fresno, nos Estados Unidos, no dia 29 de agosto. O corpo será cremado e, segundo o pai, Flávio Campos Silva, as cinzas serão trazidas para o Brasil e espalhadas em um curral em Altair, região de Barretos (SP), onde Amadeu cresceu tirando leite e treinando montarias.

Amadeu Campos Silva foi velado nos Estados Unidos (Foto: Reprodução)

 

Vários peões que competem nos rodeios da Professional Bull Riders (PBR) estiveram no velório levando solidariedade à família de Amadeu, representada pelos pais, Flávio e Rosa, e a irmã Lívia. Um telão transmitiu fotos de Amadeu e vídeos de suas montarias.

Os pais permaneceram ao lado do caixão aberto, que tinha um chapéu branco sobre o corpo. A frase sempre repetida pelo pai nas competições para se referir ao filho foi lembrada na cerimônia religiosa, celebrada em português, e traduzida simultaneamente para o inglês. “Amadeu é um menino bom!”

Adriano Salgado, que viajava com Amadeu desde os tempos de rodeio júnior no Brasil e estava na arena em Fresno no dia do acidente, lembrou que o amigo era muito tímido, solidário e foi quem o convenceu a se mudar para os EUA para ser peão da PBR. “Quando a gente caía dos touros antes do tempo, ele era o primeiro a apoiar e dizer que logo teria outra montaria.”

saiba mais

Touro montado por brasileiro que morreu em rodeio será mantido nas competições, nos Estados Unidos

Família de peão brasileiro morto em rodeio nos EUA receberá doações

 

O também amigo Paulo Crimber disse que Amadeu teve uma vida muito curta, mas realizou o sonho de estar entre os melhores peões da PBR disputando rodeios nos Estados Unidos. Crimber lembrou que o peão não conseguiu realizar o outro sonho de comprar um rancho para os pais no Brasil, mas sempre foi um orgulho para a família.

Os pais de Amadeu, que estavam morando nos EUA para acompanhar a carreira do filho, devem receber cerca de R$ 250 mil em doações da PBR, de parceiros da entidade, dos peões (que abriram mão da premiação de US$ 100 mil em uma prova de exibição uma semana após a morte do peão) e de doadores de uma vaquinha virtual aberta pela PBR.

O brasileiro foi a quarta vítima fatal em rodeios da PBR nos Estados Unidos desde a fundação da entidade, em 1992. Antes, morreram três americanos. A morte de Lane Frost em 1989 provocou uma mudança nas regras de segurança, obrigando os peões a usar capacete e colete de kevlar nas montarias. Segundo a direção da PBR, a morte de Amadeu foi um “acidente estranho” e não há indicações de que o equipamento tenha falhado.
Source: Rural

Leave a Reply