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Uma caravana de tratores marcou a chegada do presidente da Aprosoja Brasil (Associação dos Produtores de Soja), Antonio Galvan, à sede da Polícia Federal, em Sinop (MT), nesta segunda-feira (23/8), para prestar depoimento em inquérito por suposta incitação à prática de atos violentos e ameaçadores contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a democracia. O inquérito, instaurado na semana passada pelo ministro do STF Alexandre de Morais, incluiu um mandado de busca e apreensão em sua casa, em Sinop, mas ele não estava e disse que nada foi levado.

Antonio Galvan (de camisa azul) chegou à sede da PF, em Sinop, em uma caravana de tratores (Foto: Reprodução/Facebook/Movimento Brasil Verde e Amarelo)

 

Galvan acabou não sendo ouvido. Morais determinou que a PF colha o depoimento de todos que estão arrolados no inquérito, que inclui o cantor Sérgio Reis. Mas o dirigente da Aprosoja ainda não havia sido intimado e o delegado de Sinop alegou que uma falha técnica não permitiu a conexão com a sede da corporação em Brasília.

“Não vai ser meia dúzia que vai nos intimidar de defender o nosso país e a nossa liberdade de todos os brasileiros. Fomos envolvidos em uma situação que a gente não deve. Vemos nos países vizinhos a população passando fome e fugindo de lá. Num país como o Brasil, nós vamos deixar acontecer isso? De jeito nenhum”, disse Galvan, em discurso na frente da delegacia, antes de sair em um trator balançando a bandeira brasileira.

Na conversa com os jornalistas, ele disse que está lutando por um país melhor, elogiou a conduta dos policiais federais em sua casa e na delegacia e disse que estará em Brasília (DF) nesta quarta e quinta-feira pronto para dar todas as declarações necessárias.

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No inquérito, Moraes ordenou que Galvan e os outros oito suspeitos sejam impedidos de chegar a um raio de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, dos ministros do STF e dos senadores. O ministro também mandou bloquear a conta PIX do movimento de convocação do ato de protesto em 7 de Setembro, em Brasília.

No Facebook, por meio da página Movimento Brasil Verde e Amarelo, Galvan continua convocando manifestantes para o protesto em Brasília, assim como vários representantes de sindicatos de produtores.

Na semana passada, Galvan, empossado em abril deste ano, foi criticado por lideranças do agro como o ex-ministro Blairo Maggi por estar usando a Aprosoja para fazer política. A entidade, então, divulgou nota afirmando que “não financia e tampouco incentiva a invasão do STF ou quaisquer atos de violência contra autoridades, pessoas, órgãos públicos ou privados em qualquer cidade do país".
Source: Rural

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