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Levantamento feito pela platataforma Fretebras apontou que o volume de fretes rodoviários do agronegócio no Brasil aumentou 67,5% nos seis primeiros meses do ano em relação ao mesmo período em 2020.

Do total de fretes publicados, 37% pertenciam à categoria agro, que movimentou R$ 10,8 bilhões. Os dados fazem parte da 4ª edição do Relatório FreteBras – O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil, com base na análise de 3,44 milhões fretes.

Fertilizantes, soja e milho, em ordem, foram os produtos mais transportados no 1º semestre (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

 

 

 

“Tivemos um primeiro semestre marcado pela luta contra o avanço da pandemia. Entretanto, à medida que a vacinação foi ganhando força, a economia começou a responder. A FreteBras distribuiu cerca de R$ 28 bilhões em fretes nos primeiros seis meses do ano. Analisando apenas o segundo trimestre, tivemos um volume de fretes 83% maior do que o mesmo período de 2020”, explica Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras.

O Rio Grande do Sul e o Paraná representaram um terço do transporte de cargas da indústria. O Estado de São Paulo vem em terceiro lugar e concentra 14%. Os produtos mais transportados no semestre foram fertilizantes (29%), soja (13%) e milho (10%).

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Na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período em 2020, os produtos que registraram o maior salto no volume de fretes foram os fertilizantes (+122%), seguido por melancia (+112%), açúcar (+66%) e arroz (+54%).

O trigo teve uma queda de 18% no período analisado, porém, a colheita do cereal ocorre apenas no segundo semestre.

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“Um comportamento interessante é que as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste concentram 78% dos fretes do agro no país. O maior desafio tem sido preparar a infraestrutura para o escoamento das safras. O modal rodoviário sofre com o aumento dos custos, principalmente do diesel, e a pressão por controle aumenta.”, comenta Hacad. 

Portos

Os portos de Paranaguá e o Antonina, no Paraná, representam, juntos, um terço da importação de adubos e fertilizantes do país, segundo o levantamento. O estudo também mostra que os fretes deste produto com origem nos portos paranaenses passaram de 24 mil para 48 mil.

Também houve aumento de 43% nos fretes de soja com destino ao porto de Paranaguá, que passaram de 16 mil, no primeiro semestre de 2020, para 22 mil, na primeira metade deste ano.

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No porto de Rio Grande (RS), os produtos mais importados também foram adubos e fertilizantes, passando de 5 mil fretes no primeiro semestre de 2020 para 21 mil no mesmo período de 2021 – aumento de 300%. Os fretes da soja com destino ao porto de Rio Grande caíram 30% em comparação com 2020, porém, os transportes da oleaginosa com destino a outras localidades do Brasil cresceram 62%.

Já no porto de Santos (SP), os fretes de adubos e fertilizantes, segundo produto mais importado no local, aumentaram 111% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado. O transporte de soja com destino à baixada santista teve crescimento de 76% no período, enquanto os de açúcar subiram 85%.

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Source: Rural

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