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O Ministério da Agricultura informou que está fazendo um levantamento em propriedades produtoras de banana em São Paulo com a intenção de garantir e manter o status de área livre da Raça 4 Tropical da Fusariose da Bananeira no Brasil e do Moko da Bananeira no Estado. Em nota, a pasta detalha que uma equipe de profissionais está percorrendo diversas regiões, orientando os agricultores sobre os riscos da praga para a produção.

De acordo com o Ministério da Agricultura, não há registro de fusariose da bananeira no Brasil e o trabalho preventivo é importante para a manutenção do status de área livre (Foto: Thinkstock)

 

Entre os dias 17 e 19 de agosto, a programação será nos municípios de São Bento do Sapucaí e Ubatuba. Em setembro, os técnicos percorrerão fazendas em 12 municípios do oeste paulista. E, em outubro, estão previstas visitas a propriedades em quatro municípios na região de Assis. O Vale do Ribeira, principal área produtora de bananas do Estado de São Paulo, foi visitada em julho.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o trabalho de levantamento das propriedades e orientação dos agricultores tem sido feito em conjunto com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo e os Escritórios de Desenvolvimento Rural da Secretaria Estadual da Agricultura.

A Raça 4 Tropical é um fungo que infecta raízes da bananeira e coloniza os vasos condutores de seiva do pseudocaule da planta. Pode atacar todas as variedades de banana, especialmente a Nanica. O fungo impede o transporte de água e nutrientes para a parte aérea da planta, matando-a. E como pode ficar viável no solo por até 40 anos, inviabiliza a produção.

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No comunicado, divulgado no último dia 12 de agosto, o Ministério da Agricultura destaca que a Raça 4 Tropical foi detectada no Peru e na Colômbia e não está presente no Brasil. Mas é importante fazer o trabalho preventivo, já que não há cura nem variedades resistentes.

“É muito importante prevenir para evitar a entrada desta praga, que pode ser disseminada, principalmente, por meio de mudas de bananeira e solo contaminado aderido aos calçados e às rodas de veículos”, explica Wilson da Silva Moraes, engenheiro agrônomo e fitopatologista da Unidade Técnica Regional de Agricultura Ipanema, da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo, no comunicado.

Entre as principais orientações aos produtores, estão adotar apenas um ponto de entrada e saída das propriedades, manter locais de limpeza de calçados de visitantes e pneus de veículos. Durante a roçagem, tomar cuidado para não danificar raízes e pseudocaule. Outro cuidado, de acordo com o Mapa, é com a importação de mudas. É proibido trazê-las, bem como artefatos feitos da fibra da bananeira, da Colômbia e do Peru.

“Produtores devem comprar mudas de qualidade de viveiristas inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas, o Renasem”, diz Moraes, conforme o divulgado pela pasta.

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Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de bananas, com 466 mil hectares de área e uma colheita estimada em 6,7 milhões de toneladas. São Paulo lidera o ranking nacional, com um milhão de toneladas por ano em 50 mil hectares. A região do Vale do Ribeira responde por mais de 76% da produção estadual.

Publicação

Além do trabalho de orientação nas propriedades, o Ministério da Agricultura lançou uma publicação sobre a Raça 4 Tropical da Fusariose. De acordo com a pasta, esse material servirá como apoio à extensão rural.

Nos dias 24 e 25 deste mês, os técnicos dos governos federal e estadual se reunirão com lideranças da Associação dos Bananicultores de Miracatu (Abam), Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira (Abavar) e dos sindicatos rurais da região para discutir uma ação prática do conteúdo da publicação.

Moko

Diferentemente da fusariose, o Moko da Bananeira já foi encontrado no Brasil, na região norte. A causa é uma bactéria habitante do solo, que infecta desde a raiz até a inflorescência e pode ser disseminada por meio de mudas ou ferramentas contaminadas, além do contato do solo para a raiz. 

O Moko compromete o desenvolvimento da bananeira e a única forma de controle é a detecção precoce e a rápida erradicação das plantas infectadas e das que estão próximas. “Mesmo aparentando estar sadias, as mudas já podem ter contraído a doença”, afirma o engenheiro agrônomo Wilson da Silva Moraes, conforme a nota do Mapa.
Source: Rural

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