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A Bayer está lançando nesta segunda-feira no Brasil a terceira geração da sua biotecnologia para sementes de algodão. A Bollgard 3 RRFlex, que já poderá ser utilizada na safra 2021/22, tem como diferencial uma terceira proteína Bt para controle de lagartas, a Vip3A, que fornece proteção contra as lagartas dos complexos Spodoptera e Helicoverpa. A geração anterior, com duas proteínas Bt (a Cry1Ac e Cry2Ab2), oferecia proteção contra as lagartas falsa-medideira, curuquerê, rosada e da maçã.

Promessa de nova tecnologia da Bayer é de proteção contra várias espécies de lagarta que atacam o algodão (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

"Algodão é uma cultura altamente estratégica para a companhia. Se você olhar o Brasil, fica entre terceiro e quarto maior mercado", disse o diretor do negócio de soja e algodão da Bayer para o País, Fernando Prudente.

A Bayer trabalha com uma perspectiva de área plantada total com algodão no Brasil de 1,6 milhão de hectares, mas acredita que o número pode ser maior a depender da sinalização de demanda interna e externa. O aumento de área deve contribuir para adoção da tecnologia, na avaliação do executivo, que não revelou a expectativa de participação no mercado neste primeiro ano.

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Ao Broadcast Agro, o líder da área de sementes para algodão da Bayer, Rafael Mendes, disse que os testes indicaram um potencial aumento de produtividade de aproximadamente 6 arrobas de pluma por hectare em média ante as principais variedades similares e uma potencial redução de US$ 328/ha no custo médio com inseticidas em relação a materiais não Bt.

A geração anterior da tecnologia, Bollgard 2, teve participação de 40% em área plantada do País em 2019/20, conforme dados da consultoria Spark no estudo BIP – os números de 2020/21 ainda estão sendo contabilizados. Na safra 2020/21, a Bayer estima que a Bollgard 3 ocupou 3% da área do Brasil, quando ainda estava em lançamento pré-comercial.

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Segundo Mendes, serão colhidos aproximadamente 45 mil hectares em áreas de teste, conduzidas pela Bayer e pelos obtentores, e em áreas de "geração de demanda", conduzidas por produtores e consultorias escolhidos como "embaixadores" da tecnologia. O custo da tecnologia para o produtor será de US$ 266/hectare, segundo Mendes.

Para o lançamento da tecnologia, a Bayer fechou acordos de licenciamento para os obtentores Deltapine, Tropical Melhoramento & Genética (TMG), Instituto Mato-Grossense de Algodão (IMA) e Embrapa, sendo que Deltapine e TMG devem lançar cultivares já neste primeiro ano.
Source: Rural

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