Skip to main content

Os produtores brasileiros de soja deverão semear 39,82 milhões de hectares na safra 2021/2022, que será plantada a partir de setembro, alta de 2,3% ante o ciclo anterior, configurando a maior área da história, estimou nesta sexta-feira (16/7) a consultoria Safras & Mercado em seu primeiro levantamento de intenções de plantio para a nova temporada.

Com uma possível elevação de produtividade, de 3.542 quilos para 3.590 quilos por hectare, a produção nacional deve atingir 142,24 milhões de toneladas, 3,7% maior que o recorde de 137,19 milhões obtido neste ano.

Em 2020/2021, Brasil colheu 135,9 milhões de toneladas de soja, segundo estimativa da Conab (Foto: Ernesto de Souza/ Editora Globo)

 

"As fortes rentabilidades registradas ao longo de 2020 e 2021, aliadas à manutenção de preços elevados no segundo semestre deste ano, serão os principais fatores de incentivo para um novo crescimento da área brasileira de soja", disse em nota o analista da consultoria Luiz Fernando Roque.

saiba mais

Área de soja plantada fora da Moratória cresceu 22% na safra 2019/2020

 

Ele acredita que a oleaginosa ganhará terreno frente à abertura de novas áreas e recuperação/utilização de pastagens degradadas, mas o avanço no plantio é um pouco menor em relação a ciclos anteriores porque o milho também tem registrado boas margens e deve se expandir na safra de verão.

"O maior aumento percentual de área deverá novamente ficar com a região Norte, onde a fronteira agrícola encontra mais espaço para crescimento. Entre os principais Estados produtores, destaque para o Mato Grosso, que mesmo com a maior área semeada no país, deverá registrar um novo aumento considerável."

saiba mais

Preço da soja volta a subir influenciado por dólar e safra nos Estados Unidos

 

Segundo a Safras, o avanço de área estimado para Mato Grosso é de 3,5%, para 10,82 milhões de hectares. Ao todo, o Centro-Oeste deve responder por 18,18 milhões de hectares plantados, alta de 3,2%. Na região Norte o aumento projetado é de 4,1%, para 2,43 milhões de hectares.

Milho

A área de plantio de milho na safra de verão 2021/22 deverá crescer 1,2%, ocupando 4,404 milhões de hectares no centro-sul, estimou a consultoria. De acordo com o analista da Safras & Mercado Paulo Molinari, deve haver um crescimento na produtividade média do cereal de verão, que passaria de 4.973 quilos por hectare para 5.828 quilos por hectare.

saiba mais

Anec eleva previsão de exportação de milho do Brasil em julho, mas ainda vê queda ante 2020

 

"Com isso, a produção da primeira safra 2021/22 do centro-sul do cereal poderia atingir 25,667 milhões de toneladas. Na safra 2020/21, a colheita de verão ficou em 21,645 milhões de toneladas", disse o levantamento.

Em uma perspectiva preliminar, a consultoria indica uma área a ser plantada na segunda safra 2021/22 inalterada, ocupando 14,4 milhões de hectares.

Após fortes quebras causadas por problemas climáticos na temporada atual, a consultoria vê potencial para recuperação na produtividade, o que faria com a produção da "safrinha" 2021/22 chegasse a 84,85 milhões de toneladas, contra 56,75 milhões de toneladas projetadas para 2020/21.

saiba mais

Quebra de safra de milho deve ter pouco impacto na produção de etanol

 

Já a área total de milho deverá ocupar 21,19 milhões de hectares na próxima temporada, com ligeiro avanço de 0,4%. "A produção (total) tende a ser recorde, atingindo 122,67 milhões de toneladas na safra 2021/22, frente às 90,4 milhões de toneladas projetadas para a safra 2020/21", disse Molinari.

Algodão

Ainda de acordo com a consultoria, a área semeada com algodão deverá ser de 1,307 milhão de hectares em 2021/22, recuo 5,5%. A indicação inicial é de um avanço de 2,48% na produtividade, para 1.778 quilos por hectare. Com isso, a produção poderá atingir 2,325 milhões de toneladas, queda de 3,1%.

saiba mais

Preço mínimo do algodão está abaixo do custo de produção, diz Abrapa

 

  Para o analista da Safras Élcio Bento o setor ainda aguarda a definição de alguns fatores para consolidar sua tomada de decisão. "Um deles é a safra atual, com a colheita ainda em fase inicial e com incertezas sobre os números de produtividade", diz.

Leia mais notícias sobre Agricultura no site da Revista Globo Rural

 Além disso, a demanda externa tende a continuar agressiva, enxugando os estoques e gerando um cenário atrativo para preços no próximo ciclo. "A cultura (algodão) terá que disputar área com outras que atualmente apresentam rentabilidade superior, com um ciclo vegetativo mais curto e com custos de produção entre 3 e 4 vezes menor que o do algodão", acrescentou o analista.

saiba mais

Preços do algodão caem 7,2% em junho e voltam ao patamar de fevereiro

 

 
Source: Rural

Leave a Reply