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A forte seca que atinge Minas Gerais, São Paulo, Paraná e o Pantanal têm reflexo direto no solo e na forma como ele retém água para a agropecuária. Neste momento, adotar o manejo biológico tem se mostrado um diferencial para a resiliência do clima e à produtividade.

Marcos Ruela produz milho e soja em São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul. Ele diz ser “indiscutível” a pouca chuva na região, mas ainda assim revela que a produtividade do milho foi contínua devido à adoção do manejo com bioinsumos, que resultou em melhorias no solo, plantas mais robustas, saudáveis e tolerantes à seca.

Cuidados com o solo fazem a diferença no momento de seca e biológicos podem ser alternativa à resiliência climática. Na foto, milho em estágio inicial (Foto: Max Pixel/Creative Commons)

 

Ele conta que utiliza a tecnologia da Korin Agricultura e Meio Ambiente há cerca de cinco anos e percebe melhor aproveitamento da matéria orgânica presente no solo. “Com a boa descompactação dessa terra foi possível manter o excelente nível produtivo”, observa o agricultor.

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“Se cuidar bem do solo é possível manter excelente produtividade e ainda reduzir ou até mesmo dispensar a necessidade de químicos, principalmente defensivos”, comenta Gilson Miyazaki, gerente comercial da empresa.

Wilson Romanini, presidente do Grupo Vittia, explica que fertilizantes químicos podem prejudicar de forma significativa a microbiota do solo, enquanto os bioinsumos ajudam na composição natural. “O uso de biológicos ajuda na resiliência ao estresse hídrico. Além disso, a gente deixa de emitir NOx [óxido de nitrogênio], que vem do petróleo”, afirma.

Em meio à severa estiagem que atinge diferentes Estados, este pode ser um fator a impulsionar o setor, que já deve crescer 50% em 2021, segundo pesquisa encomendada pela CropLife.

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Apenas o Grupo Vittia deve ter receita entre 30% e 35% maior em relação ao ano passado, e o presidente é categórico ao afirmar que a preocupação com as mudanças climáticas e o promissor mercado de carbono podem impulsionar a adesão aos biológicos.

“Para a safra 2021/2022, há um incremento bastante interessante nos preços das commodities, o que faz o produtor ficar mais aberto a novas tecnologias e a experimentar produtos no campo. Acreditamos tanto na substituição quanto no consórcio com os químicos”, destaca Miyazaki.
Source: Rural

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