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Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) observam que mesmo diante do avanço da colheita de segunda safra de milho no Brasil, as cotações do cereal voltaram a subir entre o encerramento de junho e o início de julho na maior parte das regiões.

Eles explicam que os preços subiram após geadas terem sido observadas em algumas praças na semana passada, o que deixou os produtores em alerta e afastados do mercado spot. Segundo eles, parte dos compradores com forte necessidade do cereal esteve mais flexível e acabou pagando os valores maiores pedidos por vendedores, mas as negociações foram pontuais e envolveram pequenos volumes.

 (Foto: REUTERS/Lucas Jackson)

 

Na última sexta-feira ( 2), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) fechou a R$ 92,10/saca de 60 kg, reação de 6,75% frente à sexta anterior (25) e atingiu o preço mais alto desde 15 de junho. Na média semanal o indicador foi cotado a R$ 89,34/saca, em alta de 2,44% ante à semana anterior.

Geadas
Na semana passada, o Departamento de Economia Rural, vinculado à Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, relatou a ocorrência de geadas de intensidade forte em algumas regiões do Estado e considerou que “ainda é precipitado afirmar ou pontuar qual o volume de fato impactado”.

Os técnicos do Dera calculam que a segunda safra de milho tem uma área potencialmente suscetível a geadas em torno de 1,8 milhão de hectares no Estado. A projeção leva em conta as fases das lavouras, que são diferentes de maturação. “Historicamente, a geada trouxe prejuízos para as lavouras localizadas na região Sul, centro e oeste do Estado. Já, onde temos a maior área de milho, que é a norte, não é comum ocorrência de perdas em decorrência de geadas.”

O relatório do Deral da semana passada apontou que 2% dos 2,5 milhões de hectares foram colhidos e que 27% da área a colher está na fase de maturação, “o que  indica uma colheita próxima”. Já as condições de lavoura permaneceram estáveis e praticamente iguais às últimas duas semanas. O levantamento com o impacto das geadas nas lavouras será divulgado no relatório mensal no final de julho.
Source: Rural

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