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A essência do cooperativismo é o interesse comum em uma comunidade. Quando pessoas se juntam, com os mesmos propósitos, alcançam oportunidades e resultados que dificilmente conquistariam sozinhas. Valorizar esse modelo de negócio é, portanto, um dos principais propósitos do Sistema OCB (CNCOOP, OCB, SESCOOP). E alcançar esse objetivo é ter sua luta diária reconhecida e recompensada.

A cada ano, o cooperativismo atinge mais e mais pessoas no Brasil. Hoje, já somos mais de 15 milhões e, mesmo diante da pandemia da covid-19, continuamos crescendo. Mostramos nossa força, capacidade de resiliência, de expansão da produtividade e da geração de empregos e renda a partir da promoção da cultura da solidariedade. Nos enche de orgulho saber que o cooperativismo está presente em todo o território nacional, gerando desenvolvimento e impacto social.

 

A busca contínua por bons resultados exige muito trabalho. Nesse sentido, melhorar os processos de gestão faz parte do DNA do nosso modelo de negócio. No ramo agro, o sucesso de iniciativas nesse sentido permitiu a presença de 21 cooperativas no ranking das 100 maiores empresas do agronegócio do Brasil (ano de referência 2020), divulgado, em março, pela Revista Forbes – um dos veículos mais importantes no universo dos negócios.

Dados divulgados pela Forbes mostram que em 2014, o faturamento total dessas cooperativas girava em torno de R$ 73 bilhões e que, em 2020, saltou para R$ 157 bilhões. Os números mostram que estamos no caminho certo e que o investimento em modelos de gestão cada vez mais modernos e eficientes são fundamentais para o crescimento das cooperativas.

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Importante ressaltar que das 21 cooperativas listadas pela Forbes, 20 fazem parte do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), desenvolvido desde 2013 pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), em parceria com a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).

O PDGC envolve a autoavaliação da gestão e da governança dos processos de uma cooperativa, feita com o envolvimento de dirigentes, cooperados e colaboradores. Na autoavaliação da gestão, por exemplo, são analisados itens como liderança, estratégias e planos, clientes, sociedade, informações e conhecimento, pessoas, processos e resultados. Ao final de cada ciclo, é possível identificar pontos fortes e oportunidades de melhoria, além de elaborar indicadores de desempenho eficientes e eficazes.

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Dessa forma, o programa contribui para a potencialização da satisfação de todos os públicos de interesse, uma vez que ele organiza os processos para que esses gerem resultados efetivos. Além disso, a plataforma de implantação do PDGC é totalmente digital e gratuita. A coleta de dados é feita por meio de questionário de múltipla escolha, o que facilita o processo como um todo.

Os dados de faturamento já apontados e a presença das 20 cooperativas na lista das 100 maiores empresas do agronegócio do Brasil divulgada pela Forbes mostram que a evolução das cooperativas que se dedicam à melhoria da gestão e da governança é positiva, perceptível e continua. E que investir nesse processo é um caminho sem volta.

O cooperativismo continua sendo essencial para o desenvolvimento e crescimento do Brasil

Renato Nobile, superintendente da OCB

Atualmente, temos mais de 1,2 mil cooperativas agropecuárias que congregam aproximadamente 1 milhão de produtores rurais e empregam 207 mil trabalhadores de forma direta. As estimativas preliminares apontam que os resultados consolidados em 2020 estão acima dos R$ 245 bilhões e as perspectivas são de crescimento em 2021 mesmo com todos os desafios da atualidade.

O cooperativismo continua, portanto, sendo essencial para o desenvolvimento e crescimento do Brasil. Todos os dias nossas cooperativas reforçam a relevância desse modelo de negócios, transformando a realidade de milhares de brasileiros.

*Renato Nobile é superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), criada em 1969 e que hoje congrega mais de 5 mil cooperativas – 1,2 mil agropecuárias.

As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento da Revista Globo Rural.

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Source: Rural

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