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As frutas brasileiras retidas no Porto de Algeciras, na Espanha, desde 18 de junho, não serão reprocessadas porque perderam a qualidade para consumo, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na noite de quinta-feira (30/6). As autoridades sanitárias espanholas alegaram que a cera aplicada na casca para dar brilho e evitar a maturação precoce continha aditivos não autorizados pela Comissão Europeia (CE).

Entre as frutas bloqueadas no porto de Algeciras, na Espanha, estão 26 cargas de manga brasileira (Foto: Pexels/Creative Commons)

 

O Mapa recebeu 27 notificações de "inconformidade em alimentos importados”, uma para cada contêiner, sendo 26 cargas de manga e uma limão. O Ministério tinha enviado solicitação para que fosse permitida a lavagem das frutas no porto para retirar a cera, mas a autorização chegou após os alimentos perderem a qualidade para consumo.

Ainda não há informações sobre os valores das cargas nem a quem cabe o prejuízo. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) mantém o silêncio sobre o assunto. A assessoria da entidade disse, nesta quinta-feira (1/7), que a diretoria aguarda um posicionamento da CE para falar sobre prejuízos e ações futuras.

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Segundo Hugo Caruso, coordenador-geral de Qualidade Vegetal do Mapa, o portal eletrônico de alertas rápidos (RASFF) já tinha feito uma atualização da classificação de risco das frutas brasileiras, alterando o alerta de “risco indefinido” para risco “não sério”. Atualmente, não há cargas brasileiras barradas no porto.

O Mapa informou ainda que, embora a alegação de inconformidade seja da Comissão Europeia, os contêineres foram bloqueados apenas no porto de Algeciras, impactando não apenas as cargas brasileiras, como alimentos perecíveis de Honduras, Costa Rica, Colômbia e Chile. Entre as cargas brasileiras barradas, havia 92 toneladas de manga da Agrodan, maior produtor e exportador da fruta do país.

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No dia em que obteve a informação do bloqueio de seus quatro contêineres, o dono da empresa, Paulo Dantas, reclamou da medida ser tomada sem aviso aos exportadores e disse que iria mudar a composição da cera e desviar outros carregamentos que já estavam a caminho de Algeciras para Roterdã (Holanda).
Source: Rural

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