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Principal Estado produtor agropecuário do país, com mais de um quarto da produção de soja e 14% do rebanho bovino nacional, Mato Grosso tem 86% das suas fazendas com acesso a internet. Embora o percentual seja expressivo, dando a entender que a conectividade rural é uma realidade, esse cenário ainda está longe do ideal, com apenas 3% das propriedades com conexão em toda a área de produção, segundo dados de um levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em agosto do ano passado e detalhado nesta terça-feira (29/6).

Pesquisa apontou que só 5% das fazendas do MatoGrosso têm cobertura 4G (Foto: Getty Images)

 

“Ainda há um desafio, em especial para aquelas tecnologias que estão na lavoura porque a gente ainda tem um caminho grande a percorrer de acordo com esta pesquisa”, comentou o superintendente do Imea, Daniel Latorraca. Ao todo, o instituto ouviu 470 produtores em 80 municípios do Estado, abrangendo uma área de 901,6 mil hectares – o equivalente a 9% da área plantada de soja. Focada em produtores de soja e milho, a pesquisa tem índice de confiança de 95% e margem de erro de 5%.

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Realizado para traçar um perfil do agricultor mato-grossense na era digital, o levantamento também apontou que 61% dos acessos à internet na área rural do Estado são via rádio e 14% via satélite. As conexões por rede 4G e 3G, se restringiram a 5% cada um. “Isso tem a ver com a qualidade da internet que se tem ali e quais ferramentas elas suportam”, observou Latorraca ao apresentar os principais resultados da pesquisa. Do total de produtores entrevistados, 22% apontou a retenção de funcionários como principal benefício da conectividade na fazenda.

Já o monitoramento das operações e dos estoques foi apontado como principal benefício da conexão por 17% e 18% dos entrevistados, respectivamente. “A gente sabe que as maquinas agrícolas cada vez mais têm tecnologias embarcadas que potencialmente poderiam melhorar as operações dentro das fazendas porém ainda não se tem a conectividade dentro das lavouras e isso prejudica”, completa o superintendente do Imea.

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As compras online também se destacaram entre os benefícios do acesso à internet, tendo sido mencionada por 16% dos produtores. Com 92% dos agricultores fazendo uso de smartphones, 61% deles afirmou usar algum tipo de aplicativo ou software para ajudar na gestão da propriedade e 35% declararam já ter realizado compra de insumos via plataformas digitais no último ano. Por outro lado, 63% afirmaram que a Covid-19 não trouxe mudanças na inclusão de tecnologias na atividade.

De acordo com Latorraca, o dado revela que o uso de novas tecnologias é algo estrutural no setor e que a pandemia não afetou significativamente a sua adoção no campo. “O que a gente chega a conclusão com essa resposta e outras da pesquisa é que o produtor não mudou nada na propriedade, mas só acelerou o que já estava pensado para ser mudado”, conclui o superintendente do Imea.

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Source: Rural

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