Skip to main content

Em evento nesta sexta-feira (25/6), a Suzano, empresa atuante no mercado de papel e celulose, revelou ter mapeado projetos com potencial de gerar 22 milhões de tCO2eq (toneladas de dióxido de carbono equivalente) em créditos de carbono, considerando florestas plantadas — como no caso do eucalipto — e nativas no Brasil.

“Já temos 22 milhões [de tCO2eq] em créditos que podem ser monetizados. Isso pode ser feito no mercado regulado e voluntário. O regulado vai depender de como o Brasil vai participar da COP-26, em Glasgow. Se não, vamos ter apenas o mercado voluntário”, ponderou o presidente da empresa, Walter Schalka, ao se referir à Conferência do Clima (COP-26), da ONU, prevista para novembro.

 

Manejo em lavoura de eucalipto (Foto: Sérgio Cardoso/Ed. Globo)

 

Pablo Machado, diretor executivo de relações e gestão legal da Suzano, contou que o montante se refere a projetos em execução ou que devem ser executados em breve.

“São projetos de expansão de base florestal, plantada e nativa, e projetos de substituição de energia fóssil por energia renovável”, disse em entrevista à Globo Rural.

saiba mais

Suzano investe quase R$15 bilhões em nova fábrica de celulose no MS

 

Ele comentou a importância de lembrar que as metas de sustentabilidade não se tratam apenas de número, mas em quanto isso contribui para desacelerar as mudanças climáticas na prática.

“Uma questão é o aspecto comercial, aquelas que emitem mais têm que compensar e as que emitem menos ficam com crédito. A outra é o que é mais eficaz para combater as mudanças climáticas, e aí não tem comparação entre a eficácia do mercado regulado e voluntário. Não é um jogo de vender crédito, é reduzir emissão”, explicou Machado.

Não é um jogo de vender crédito, é reduzir emissão

Pablo Machado, diretor executivo de relações e gestão legal da Suzano

Estar de olho nos créditos de carbono tem relação com as metas de remover 40 milhões de toneladas de carbono equivalente da atmosfera e 10 milhões de toneladas de produto de origem fóssil por renovável, ambas até 2030. 

O diretor da Suzano disse que, para alcançá-las, algumas soluções passam pelo mercado têxtil, como trocar a viscose — derivada de petróleo — por tecido de celulose, e pela energia limpa, ao produzir o bio óleo, combustível que pode substituir o de origem fóssil.

saiba mais

Com tecido à base de celulose, Suzano entra no mercado têxtil

 

“A nossa atividade permite a geração de energia que se chama lignina. Ela é extraída no momento da fabricação da celulose, quando separada da fibra. A lignina é queimada nas caldeiras e esse vapor gira as turbinas e gera energia”, detalhou.

Questionado sobre a existência de alguma meta para reciclagem de papel, Machado admitiu que algumas iniciativas são consideradas, mas ainda não há uma solução em curso. “Reconhecemos o desafio [de reciclar], não conseguimos fechar esse ciclo de coleta para reciclagem”, contou.
Source: Rural

Leave a Reply