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Joaquim Alvaro Pereira Leite, ou Juca para os mais próximos, é velho conhecido do agronegócio, assim como seu antecessor.

O novo ministro do Meio Ambiente, que assumiu o comando do órgão na tarde desta quarta-feira (23/6) após Ricardo Salles pedir demissão, trabalha há anos ao lado de Salles, desde os tempos em que o ex-ministro atuava em São Paulo, seu berço político.

Leite é produtor rural e já teve voz como representante do setor ao ocupar a cadeira de conselheiro na Sociedade Rural Brasileira (SRB) por mais de 20 anos.

Antes de ingressar no governo, Joaquim Leite foi consultor da Sociedade Rural Brasileira (SRB) (Foto: Divulgação/MMA)

 

Nos últimos tempos, atuava em Brasília e segundo fontes do setor foi o responsável por construir ou coordenar algumas políticas públicas no Ministério do Meio Ambiente. Entre as mais recentes, o programa Floresta+, lançado em julho do ano passado e que prometeu repasses de R$ 500 milhões do governo federal como incentivo a atividades de conservação da mata nativa no território da Amazônia Legal.

O novo ministro também é um entendedor do mercado de créditos de carbono, um tema atual e muito relevante, sobretudo ao agro brasileiro, considerado uma potência nesse assunto, mas que necessita de respaldo político para ser explorado.

“Vai ser uma boa. Juca é produtor. Conhece o tema. O ministro Salles estava numa linha negacionista em relação ao desmatamento e isso poderia vir perturbar o Brasil lá na frente”, disse uma das fontes.

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Sob condição de não serem identificadas, lideranças do agro avaliaram a mudança ministerial e até quem apoiava o ex-ministro viu com bons olhos seu desembarque do governo. “A saída era inevitável e deveria ter ocorrido antes. O ministério estava parado há muito tempo. Tem uma hora que o ministro precisa sair”, disse outro.

Por não ter muito “peso político”, há quem acredite numa gestão curta, provisória, de Joaquim Leite à frente do ministério, mas o consenso é de que agora agronegócio e meio ambiente possam, talvez, dialogar mais e com fluidez com toda a sociedade, como disse o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Marcello Brito.

Caiu aquele que nunca deveria ter subido. #meioambiente #salles #CovaxinGate
— MARCELLO BRITO (@MarcelloBrito_) June 23, 2021

A bancada ruralista também aprovou o novo ministro. "A saída do Ricardo é uma opção dele. Este que entrou é um cara capacitado. Nós acreditamos que vai ser muito bom para o meio ambiente e se é bom para o meio ambiente é bom para o setor de produção de alimentos”, afirmou o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), ao repórter da Globo Rural Cleyton Vilarino.

Se vai ser bom ou ruim, só o tempo dirá. Aguardemos.

Confira a seguir manifestações sobre a saída de Ricardo Salles nas redes sociais:

Saída do ministro Salles é um sinal VERDE para o Brasil! Espero tempos novos e alvissareiros para Amazonia e o Brasil.
— Kátia Abreu (@KatiaAbreu) June 23, 2021

 

 

 

Presidente da @fpagropecuaria, @_sergiosouza, sobre a indicação de Joaquim Leite para o @mmeioambiente: “Considero positivo para o meio ambiente e para a produção de alimentos. Ele é responsável pelo programa Floresta+ e demonstra um perfil de preocupação com a preservação"
— FPA (@fpagropecuaria) June 23, 2021

 

 

 

 

Vai tarde! Continuamos atentos para cobrar rigorosa punição por seus atos.

A saída de Ricardo Salles é uma vitória da sociedade, mas ainda é uma vitória parcial; sabemos que ele era o operador da política nefasta e antiambiental de Bolsonaro. Seguimos na luta e resistindo. pic.twitter.com/XXVPqpMvGH
— Marina Silva (@MarinaSilva) June 23, 2021

 

 

 

 

 

Salles foi o pior ministro do meio ambiente da história do Brasil. Agiu como um verdadeiro antiministro e procurou se aproveitar da pandemia pra "passar a boiada" do desmonte dos órgãos de controle e das normas ambientais.
— Alessandro Molon

 
Source: Rural

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