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Os preços dos fertilizantes devem permanecer sustentados pelo menos até agosto, segundo o Rabobank. Depois disso, as cotações dos adubos tendem a ser pressionados por um recuo sazonal da demanda, preveem os analistas do banco em relatório mensal sobre commodities.

No ano, as cotações dos adubos subiram entre 70% e 95% em dólar, considerando o fosfato monoamônico (Map), a ureia e o cloreto de potássio (KCl), conforme o Rabobank. O relatório aponta que, nas últimas semanas, os preços dos fertilizantes voltaram a disparar tanto no mercado interno quanto no internacional.

Fertilizante sendo aplicado na lavoura (Foto: Thinkstock)

 

"As últimas altas têm sido motivadas por incertezas relacionadas à oferta, mas também continuam muito influenciadas pela manutenção dos preços das commodities em patamares elevados", observam os analistas do banco.

Entre os fatores que vêm influenciando nos preços, o Rabobank cita as incertezas políticas e comerciais envolvendo a Bielorrússia – um dos principais exportadores de Kcl -, as dúvidas de quanto a China irá fornecer de ureia à Índia e o reajuste no mercado de fosfatado após os Estados Unidos imporem barreiras tarifárias para empresas marroquinas e russas.

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Na avaliação do banco, a alta volatilidade de preços observada neste ano deve limitar a formação de grandes estoques pelas empresas para a demanda de última hora.

"Assim, para evitar problemas com abastecimento, é importante que o produtor não adie muito as compras e garanta o mínimo necessário para a safra quanto antes", alertam os analistas.

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O Rabobank também revisou de 4% para 5% sua projeção de crescimento da demanda por fertilizantes no Brasil neste ano, de 40,6 milhões de toneladas para 42,7 milhões de toneladas.

O ajuste, segundo o banco, deve-se à perspectiva de aumento da área plantada, do poder de compra dos agricultores favorável e das expectativas de aumento das margens para as culturas de soja, milho e algodão para a safra 2020/21 e para a temporada 2021/22.

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"Essa demanda poderia ser ainda maior, não fosse as recentes altas de preços dos fertilizantes no mercado internacional e a expectativa de preços ainda mais altos nas próximas semanas", observa o banco.

Apesar dos patamares elevados dos adubos, o Rabobank considera que a relação de troca – quantidade necessária de determinada commodity para compra de uma tonelada de adubo – continua favorável ao produtor. Isso porque a valorização das commodities tem compensado os aumentos do insumo.

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Segundo o banco, as relações de troca entre soja, milho, café e algodão e adubos estão próximas ou abaixo dos patamares do último ano e da média de cinco anos.

"Ou seja, o poder de compra dos produtores em relação aos fertilizantes está igual ou melhor que a média dos últimos 5 anos. Olhando para a soja e milho, a relação de troca atingiu níveis recordes nos últimos 12 meses, em favor dos agricultores, alavancando a demanda dos insumos", aponta.

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Source: Rural

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