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Após reunião realizada na manhã desta sexta-feira (18/6) os avicultores integrados da BRF de Lucas do Rio Verde, interior do Mato Grosso, aceitaram retomar o alojamento de novos animais diante de um reajuste de 8% a 11% na renda padrão paga pela companhia pelos lotes abatidos desde janeiro deste ano. A paralisação, que já durava quatro dias, foi deflagrada depois que a companhia encerrou as negociações sobre os valores pagos este ano.

Produtores deixaram de alojar cerca de 1,5 milhão de pintinhos desde segunda-feira (14/6)  (Foto: Silvia Zamboni/Ed. Globo)

 

“Efetivamente alcançamos, se não 100% dos objetivos, mas 95%. Foi, sem duvida nenhum o ano mais difícil de negociação, o ano em que a BRF veio para nos botar contra a parede com solicitação de reduções de preço por volta de 15% em todas as cadeias”, comunicou o diretor executivo da Associação dos Produtores de Proteína Animal (Appa), Pablo Artifon, aos associados da entidade hoje de manhã.

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Desde novembro do ano passado os produtores de Lucas do Rio Verde vinham negociando o valor a ser pago pela BRF pelos lotes de animais. Enquanto a companhia propunha uma redução de 13,5%, os integrados exigiam um aumento de, pelo menos, 10%. Após dize reuniões, a BRF encerrou as negociações – o que culminou com a paralisação dos alojamentos.

No total, 480 dos 700 aviários que atendem à BRF por contratos de integração na região de Lucas do Rio Verde aderiram à paralisação, deixando de alojar cerca de 1,5 milhão de animais desde segunda-feira (14/6). Segundo Artifon, os novos preços serão aplicados a partir de 1/7 e incluirão pagamentos retroativos aos lotes abatidos ao longo do primeiro semestre. O valor total soma cerca de R$ 4 milhões.

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“Na quarta-feira vamos sentar com a BRF para definir e deixar claro e transparente esse racional de qual é a diferença de valor de cada um dos lotes porque isso não é tão simples quanto parece. Não é só colocar o aumento do preço. A gente sabe que o nosso contrato e a forma de formação da renda de cada lote tem uma série de ajustes que são alterados de um ano pro outro e tudo isso tem que ser considerado. Mas temos, sim, que nos sentirmos orgulhosos pela nossa união”, comemora o representante dos produtores.
Source: Rural

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