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Os problemas climáticos na segunda safra fizeram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduzir em 9,57 milhões, em relação à projeção do mês passado, os resultados da produçaõ brasileira de grãos em 2020/21.

Segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (10/6) pela estatal, o país colherá 262,13 milhões de toneladas. Apesar da quebra, o volume total a ser colhido ainda é superior à safra passada.

Colheita de milho safrinha (Foto: Adrees Latif/Reuters)

 

Principal cultura cultivada na segunda safra, o milho terá redução na produtividade devido à falta de chuvas entre abril e maio. Com isso, a estimativa é que a produção total chegue a 96,4 milhões de toneladas – 24,7 milhões de toneladas na primeira safra, 69,9 milhões na segunda e 1,7 milhão na terceira, uma redução de 6% sobre a produção de 2019/20.

Um dos motivos decisivos para a queda, conforme a Conab, foi a demora na colheita da soja e, em consequência, atraso no plantio de grande parte da área da safrinha fora da janela indicada.

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A soja, por outro lado, só tem boas notícias. A produção estimada é de novo recorde, com 135,86 milhões de toneladas, 8,8% acima da produção em 2019/20 – acréscimo de 11 milhões de toneladas. O resultado, de acordo com a Conab, garante o Brasil na posição de maior produtor mundial da oleaginosa.

Para o feijão, a Conab espera que a colheita se mantenha próxima a 3 milhões de toneladas.  Até agora, apenas uma das três safras foi encerrada. A segunda ainda está sendo colhida e a terceira está em fase de semeadura. Já o arroz tem produção estimada em 11,6 milhões de toneladas, aumento de 4% frente à safra anterior.

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No caso das culturas de inverno, o plantio foi iniciado em abril e intensificado em maio. A Conab destaca o trigo, para o qual as estimativas preliminares indicam uma área plantada de 2,5 milhões de hectares e uma produção de 6,94 milhões de toneladas.

Conforme a companhia, a área total plantada no Brasil deve crescer 4,2% em comparação com a safra anterior, chegando a 68,7 milhões de hectares, com destaque para soja (+ 1,6 milhão de hectares). Já o milho segunda safra teve ganho de 8,4%, o que corresponde a 1,15 milhão de hectares.

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Exportações

A Conab destaca que o algodão em pluma segue com cenário positivo no mercado internacional. As exportações no acumulado de janeiro a maio de 2021 aumentaram 65% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já para o milho, a expectativa de exportações foi reduzida de 35 milhões de toneladas para 29 milhões de toneladas na safra atual, queda de 15% em relação à última estimativa. Diante deste cenário, a estimativa é que o estoque de passagem do cereal fique próximo a 7,6 milhões de toneladas.

Quanto à soja, a Conab estima a venda de 86,6 milhões de toneladas para o mercado externo. Confirmada a previsão, será um recorde. Para o arroz, as exportações no acumulado até maio têm queda de 68% em volume, o que corrobora com a previsão de redução de 28% dos embarques neste ano estimadas pelas companhia.

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Source: Rural

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