Cientistas da Faculdade de Ciências Florestais e Ecologia Florestal da Universidade de Göttingen, na Alemanha, desenvolveram uma embalagem feita a partir de pipoca para substituir o poliestireno expandido (EPS).
Esse material, mais conhecido como isopor, é um produto de difícil reciclagem e leva, em média, 200 anos para se decompor na natureza.
Embalagem feita à base de pipoca que substitui o isopor armazenando uma garrafa de vinho vazia (Foto: Moira Burnett)
O grupo de estudos de Química e Engenharia de Processos de Materiais Compósitos da universidade alemã pesquisa os processos de fabricação de produtos feitos de pipoca há alguns anos. O desenvolvimento da solução de formas moldadas tridimensionais que podem ser produzidas a partir de pipoca “granulada” foi o resultado de estudos para criar alternativas ecológicas ao poliestireno ou ao plástico.
A opção ecológica vem de fontes biológicas renováveis, é reciclável, pode ser cultivada localmente e possui propriedades repelentes de água, dizem os cientistas. Além disso, o produto pode ser útil para a indústria de embalagens, maior compradora de produtos plásticos.
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O professor e chefe do grupo de pesquisa, Alireza Kharazipour, explica que esse novo processo possibilita a produção de uma ampla gama de peças moldadas.
“Isso é particularmente importante quando se considera a embalagem, pois garante que os produtos sejam transportados com segurança, o que minimiza o desperdício. E tudo isso foi conseguido com um material que será até biodegradável posteriormente”, ressalta.
Embalagem é resistente à água e pode ser compostada após a utilização (Foto: Moira Burnett)
“Nossa embalagem de pipoca é uma ótima alternativa sustentável ao poliestireno, que é derivado do petróleo. A embalagem à base de plantas é feita de subprodutos não comestíveis da produção de flocos de milho e pode realmente ser compostada após o uso sem qualquer resíduo”, afirma Stefan Schult, diretor executivo da Nordgetreide, empresa que detém a licença para fazer uso comercial do produto.
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Source: Rural