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Os trabalhadores do Porto de Santos começarão a ser vacinados contra a Covid-19 a partir da próxima terça-feira, informou o governo do Estado de São Paulo em nota, ressaltando, porém, que a imunização depende da efetividade do envio de quantitativos de vacina pelo Ministério da Saúde.

O anúncio é uma resposta à pressão crescente dos trabalhadores, que ameaçaram entrar em greve se a imunização não ocorresse até 31 de maio em Santos — um porto chave para as exportações do Brasil.

Contudo, a coordenadora geral do Programa Estadual de Imunização de São Paulo, Regiane de Paula, afirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira que a quantidade inicial de doses destinadas à campanha não é suficiente para que todos os funcionários do maior porto da América Latina sejam imunizados.

Trabalhador no porto de Santos em 2019 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

 

O comunicado do governo paulista cita oferta de 40 mil doses neste primeiro momento, mas os portuários terão que dividir este volume com trabalhadores dos aeroportos.

"No dia 1º de junho, 21 mil pessoas deverão tomar a vacinação, e precisamos que o Ministério da Saúde também nos envie essas doses (a mais). O quantitativo de doses enviadas não é suficiente para que a gente possa fazer a totalização da vacinação desse público-alvo", disse Regiane.

Ela acrescentou que a estratégia aplicada em São Paulo seguirá diretrizes do ministério, que indicam que a vacinação poderá ser destinada a "qualquer trabalhador portuário, incluindo os funcionários administrativos" mediante documento que comprove o exercício da função.

O anúncio do governo estadual veio um dia após a divulgação de um comunicado do Ministério da Saúde informando que seria antecipada a vacinação contra a Covid-19 para trabalhadores portuários e do transporte aéreo, em meio aos esforços para impedir a propagação de uma nova variante, com origem na Índia, no país.

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A agência marítima Williams afirmou em nota que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, assumiu publicamente o compromisso de vacinar os funcionários de Santos, citando mensagem de áudio de 23 de maio, compartilhada publicamente pela Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop).

Na Argentina, os trabalhadores portuários estão greve de 48 horas a partir da meia-noite, depois de paralisar as exportações agrícolas do país na semana passada com uma suspensão inicial do trabalho devido à reivindicação de vacinação contra Covid-19.

De acordo com uma mensagem de vídeo postada nas redes sociais da Fenop, funcionários dos ministérios de Infraestrutura e Saúde prometeram começar a vacinar 150 mil funcionários de portos e aeroportos antes do prazo.

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Source: Rural

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