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Recorde de beneficiamento de soja, com 320 mil toneladas, investimento de pelo menos R$ 30 milhões para aumentar capacidade de armazenagem, faturamento previsto de R$ 1,7 bilhão neste ano, e planejamento estratégico para chegar a R$ 5 bilhões de faturamento em 2025. Esse é o retrato atual da Cooperativa Holambra, localizada em Paranapanema, no sudeste paulista, que completou 60 anos em 2020.

O processamento da soja, que representa 60% dos negócios, aumentou 36,6% em relação à safra anterior e 62% na comparação com 2018/19. Já o faturamento da cooperativa rompeu a barreira do R$ 1 bilhão no ano passado, fechando em R$ 1,3 bilhão, ante os R$ 940 milhões do ano anterior.

Vista aérea de fábrica da Cooperativa Holambra (Foto: Divulgação)

 

“A produtividade média dos nossos cooperados e parceiros alcançou 91 sacas de soja por hectare nesta safra, mas há muitos casos de produtores com mais de 100 sacas. Houve um aumento de 10% na área plantada, mas o que mais contribuiu para o recorde foi a adesão maior à tecnologia e o clima, que ajudou”, diz Shandrus Hohne de Carvalho, presidente-executivo da cooperativa, que assumiu o cargo há um ano com a missão de ampliar a operação na área de 120 km ao redor da sede da cooperativa.

Um dos fatores da alta produtividade (no país, a média é de 58 sacas por hectare) está na irrigação: 70% da área de 52 mil hectares de soja cultivados pelos cooperados é irrigada por pivôs. Segundo Shandrus, os produtores vêm elevando ao longo dos anos seu investimento nessa tecnologia e também na renovação das máquinas agrícolas, que têm idade média de 3 a 5 anos, ante a média brasileira de pelo menos dez anos.

O executivo diz que cerca de 78% do total processado na Holambra já foi comercializado com tradings, que mandam o grão para exportação. A venda futura responde por 60% a 70% dos negócios.

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Neste ano, os grãos entregues na cooperativa apresentaram mais qualidade, com menos impurezas e menos umidade, o que facilitou o beneficiamento e agregou valor. Houve pouco atraso na semeadura em relação a outras regiões produtoras do país, mas a colheita se concentrou em duas semanas. “Foi um grande desafio receber um volume tão grande de grãos em pouco tempo, mas havia indicação de bons preços para venda futura e nossa logística estava preparada.”

A cooperativa, com 600 funcionários, tem capacidade estática de 270 mil toneladas, vai inaugurar sua oitava unidade este ano em Taquarituba e deve elevar em 60% sua capacidade de armazenamento. A venda de insumos é responsável por cerca de 50% do faturamento e a comercialização dos grãos e serviços garante a outra metade.

O perfil dos cerca de 160 cooperados, boa parte da terceira geração dos holandeses que vieram para o Brasil no pós-guerra, num acordo entre os governos do Brasil, Estados Unidos e Holanda, é de médios e grandes produtores, com média de 800 hectares de área. “Os cooperados investem bastante em sua produção e há um plano de sucessão bem definido. Os filhos vão estudar na Holanda, Estados Unidos ou em capitais brasileiras e voltam para tomar conta dos negócios”.

Os parceiros da cooperativa somam cerca de 40 produtores, número que vem crescendo com a política de atratividade da Holambra, que investe em maior proximidade com o agricultor, oferece o valor agregado da marca de 60 anos, assistência técnica e melhor logística.

Shandrus Carvalho, presidente-executivo da cooperativa (Foto: Divulgação)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Segundo o diretor, o plantio de soja tem avançado muito na região da cooperativa também em áreas de usinas, que usam o grão para renovação dos canaviais. “Temos atendido muitos produtores de cana que plantam soja.” Há também migração de outras culturas para a soja devido aos preços atrativos da commodity.

Para a próxima safra, Shandrus espera um novo recorde e projeta um crescimento de 10% a 15% na área plantada dos cooperados e de 30% na área de parceiros. A Holambra incentiva os parceiros a se tornarem cooperados, mas exige, além do pagamento do capital social, investimento em tecnologia para manter o padrão de qualidade da marca.

A cooperativa recebe também trigo, cevada, algodão e citros. “Tem crescido bastante a produção de citros na região. No próximo ano, devemos ter a produção de 4,5 milhões de caixas de laranja, que vão para a indústria e também para o mercado in natura.” A Holambra já tem duas algodoeiras para beneficiar a pluma e, para o futuro, estuda a verticalização também da laranja.

Outro plano futuro, segundo o executivo, que antes era diretor de inovações na indústria de defensivos FMC Agrícola, é o investimento em um hub de inovação com startups e outras empresas para colocar no mercado um portfólio Holambra de soluções para o campo.

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Source: Rural

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