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Até março deste ano, foram colhidos 541 kg de alimentos na horta urbana de Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo, onde moram mais de 100 mil pessoas.

O espaço conta com estruturas verticais, além de vasos organizados em boxes e canteiros, em que são cultivadas 60 espécies de hortaliças e plantas frutíferas. O local tem capacidade de produção de 960 pés de hortaliças.

Parte da horta urbana de Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo, onde moram mais de 100 mil pessoas (Foto: AgroFavela Refazenda/Divulgação)

 

Batizada como AgroFavela-ReFazenda em homenagem à música de Gilberto Gil, a iniciativa foi inaugurada em outubro de 2020 e fica instalada em uma área de mais de 900 m², no coração da comunidade.

Toda a colheita é doada para o projeto Mãos de Maria, no qual os moradores de Paraisópolis produzem quentinhas para seus vizinhos. Nesta fase, a AgroFavela-ReFazenda beneficiou de forma direta 1.607 pessoas e 8.035, indiretamente, de acordo com a iniciativa.

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Segundo a Associação de Mulheres de Paraisópolis, a iniciativa também capacitou 141 mulheres e sete homens para cultivo de hortaliças em casa, o que pode vir a gerar renda mediante a venda de parte da produção.

“Temos a oportunidade de engajar e apoiar as mulheres, que são majoritariamente chefes de família, a terem sua própria renda e uma possível profissão”, pontua a presidente do Instituto Stop Hunger Brasil, Andreia Dutra. Junto ao Stop Hunger França, a ONG subsidia 100% dos recursos aplicados na horta comunitária.

AgroFavela-ReFazenda já beneficiou 1.607 pessoas de forma direta e 8.035 indiretamente, segundo organizadores (Foto: AgroFavela Refazenda/Divulgação)

 

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Outro responsável pela iniciativa é o G10 Favelas – bloco de líderes e empreendedores formado por moradores das dez maiores comunidades do Brasil. O coordenador nacional da entidade e líder comunitário em Paraisópolis, Gilson Rodrigues, conta que o objetivo é levar a iniciativa para outras mil comunidades no Brasil.

“A melhor forma de apoiar a população neste momento é oferecendo condições para que as pessoas tenham alimentação saudável. Levando horta para dentro das casas das pessoas, o projeto Agrofavela possibilita as famílias de baixa renda a ter acesso a comida de qualidade e mais barata”, afirma Rodrigues no informe.

Equipe que trabalha na horta comunitária na sede da AgroFavela ReFazenda (Foto: Divulgação/AgroFavela Refazenda)

 

Horta de Heliópolis

Em fevereiro deste ano, a maior favela de São Paulo, com cerca de 200 mil habitantes, Heliópolis inaugurou a sua horta, seguindo o exemplo de Paraisópolis.

Segundo o G10 Favelas, o empreendimento inclui uma horta vertical, além de sistema hidropônico, com 19 metros de parede produtiva. A capacidade é de 750 plantas por ciclo. No primeiro deles, os responsáveis esperam plantar 15 espécies.

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Source: Rural

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