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O Observatório do Clima, rede formada por 63 ONGs e movimentos sociais, destacou a operação da Polícia Federal desta quarta-feira (19/5) e acusou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de operar um "escritório do crime ambiental".

A ofensiva policial apura suspeita de crimes de corrupção e facilitação de contrabando praticados por agentes públicos e empresários do setor madeireiro na exportação de madeira, tendo como um dos alvos o ministro Salles.

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

"A conta do desmonte parece enfim ter chegado para seus perpetradores", destaca a nota do Observatório do Clima sobre a ação policial. Segundo a entidade, "a ação poderá resultar na demissão do ministro, que agiu contra a própria pasta e contra o meio ambiente no Brasil desde o dia em que botou os pés no ministério".

“Vamos ver agora quais crimes que serão descobertos. O fato é que Salles montou um verdadeiro escritório do crime ambiental no Ministério do Meio Ambiente e um dia teria que responder por isso”, disse Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

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O Observatório do Clima também citou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afastou do cargo o presidente presidente do Ibama, Eduardo Bim.

Na nota, a entidade ainda menciona despacho de Bim de fevereiro de 2020 "autorizando as exportações sem fiscalização" e ressalta que a medida foi tomada após pedido de madeireiros, o que levou a uma ação civil pública em junho passado pedindo sua anulação.

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"A ação foi impetrada pelo Greenpeace Brasil, pelo Instituto Socioambiental e pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público do Meio Ambiente, com subsídios técnicos do Observatório do Clima. O despacho de Bim foi suspenso liminarmente nesta quarta-feira por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF", finalizou.
Source: Rural

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