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Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) com 175 confinamentos em abril aponta que apenas metade dos pecuaristas do maior Estado produtor de carne bovina do país pretende confinar animais nos próximos meses.

O índice é o menor dos últimos cinco anos, superando apenas a marca de 46,47% registrada em 2016 e, se confirmado, deverá reduzir em 20,16% o número de animais disponíveis para abate nesta modalidade de terminação.

 

Principais preocupações dos produtores que criam gado em confinamento são suplementação e compra de animais (Foto: Divulgação/GDR)

 

 

De acordo com o instituto, as principais preocupações levantadas pelos produtores estão relacionadas à suplementação e à aquisição de animais, cujos preços atingiram patamares recordes neste ano.

Com isso, as únicas regiões do Estado que apresentaram aumento na intenção de confinamento em relação ao ano passado foram o Norte, onde predomina o sistema de ciclo completo, e o médio-norte mato-grossense, onde a proximidade com a lavouras de grãos reduz as dificuldades para originar o principal insumo usado pelos confinamentos depois da reposição.

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Com o preço do milho mais de 88% acima do registrado em relação ao mesmo período do ano passado, o custo com insumos foi a principal preocupação relatada pelos confinadores do Mato Grosso ao Imea, citada por 34% dos entrevistados, seguida da baixa lucratividade (27%) e do preço do boi gordo (15%).

Já os custos de reposição, que acumulam alta de mais de 71% este ano, foram mencionados como principal preocupação por 12% dos pecuaristas ouvidos pelo levantamento.

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“É importante destacar que essas preocupações levantadas foram, em sua maioria, das fazendas com capacidade para confinar menos que 4 mil animais (maior parcela da amostra). Inclusive, foram elas que destacaram a possibilidade de confinar menos cabeças que o ano passado. Já os confinamentos maiores relataram que pretendem confinar uma quantidade maior que o realizado no ano anterior”, observa o instituto em nota.

Diante desse cenário, os dados de intenção de confinamento do Estado sinalizam que os produtores deverão demorar mais disponibilizar os animais para o mercado. Com apenas 5,62% deles com contratos futuros de venda na B3 e menos de 1% com contratos a termo, o Imea estima que 51% dos animais de confinamento serão ofertados de outubro a dezembro, sendo a maior parte concentrada no último mês do ano.

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Source: Rural

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