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A JBS anunciou nesta sexta-feira (15/5) que investirá R$ 1,85 bilhões até 2025 para ampliar a capacidade de abate de aves em sua unidade de Rolândia, no norte do Paraná.

Segundo a empresa, as obras incluem a construção de uma nova fábrica de alimentos preparados e devem ser concluídas até o quarto trimestre de 2022. A unidade atenderá tanto a demanda do mercado interno quanto do mercado externo.

Terreno preparado para as obras de ampliação do frigorífico da JBS em Rolândia (Foto: Jonathan Campos/AEN)

 

O segmento de alimentos preparados e processados, onde a JBS consegue maior valor agregado, tem sido a principal estratégia da companhia para fazer frente ao cenário de alta nos custos de matérias primas.

Na divisão Seara, à qual pertence a fábrica que receberá os investimentos, as vendas da JBS cresceram 3,2% em volumes no primeiro trimestre deste ano e 22,1% em preços quando comparado a igual período do ano passado, gerando uma receita líquida de R$ 3,9 bilhões – aumento de 33,4% ante o registrado em 2020.

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“O trimestre, apesar do desafio de custo que a gente teve, a gente considera que foi, principalmente para alimentos preparados, um ótimo trimestre” destacou Wesley Batista Filho, presidente da JBS América do Sul e da Seara durante a teleconferência de resultados da companhia.

Segundo ele, as vendas da categoria têm sido favorecidas pele alta no preço da carne bovina em um mercado interno ainda enfraquecido em termos de renda. “Nesse cenário de carnes mais caras, o frango e o alimento preparados viraram uma ótima opção de consumo. Então a gente tem visto bastante força em algumas categorias do nosso portfólio”, avaliou Batista Filho.

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Além do mercado nacional, a unidade da Seara em Rolândia está habilitada a exportar para os principais importadores da carne de frango brasileira, entre eles China, Japão, África do Sul e União Europeia. Segundo a JBS, as exportações representaram metade das vendas da Seara no último trimestre.

Com capacidade de abate de até 1,5 mil aves por hora, atualmente a unidade de Rolândia emprega 3.700 pessoas de forma direta e conta com 390 integrados. Com a ampliação, a empresa espera gerar cerca de 2,6 mil novos empregos diretos, 150 novas parcerias de integração e alcançar uma produção diária de mil toneladas.

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O anúncio foi comemorado pelo prefeito da cidade, Ailton Maistro (PSL). “Somos um município que tem carências na geração de emprego, isso afeta a cidade como um todo, e um empreendimento desse tamanho gera mais do que postos de trabalho, mas movimenta a economia como um todo, a arrecadação de impostos, atrai outros investimentos”, destacou.

Segundo ele, as 150 novas parcerias de integração terão um impacto “gigantesco” para os produtores paranaenses de proteína animal.

“É desafiador ampliar investimentos, principalmente no atual cenário. Mas o Paraná tem capacidade e potencial competitivo, tem selo de qualidade de sanidade animal e um cuidado para garantir que os negócios se desenvolvam de forma sustentável, desde o pequeno produtor até a grande indústria”, apontou o secretário de agricultura e abastecimento do Estado, Norberto Ortigara.

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Segundo informações do governo do Paraná, a unidade será a maior fábrica de empanados do mundo. “O Paraná tem vocação para produzir alimentos e alimentar o mundo, e agora abrigará com muito orgulho a maior fábrica de empanados e salsichas do planeta”, comemorou o Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).

 Maior produtor e exportador de carne de frango do país, o Paraná responde por  cerca de 40% das exportações brasileiras da proteína.
Source: Rural

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