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O IBGE estima que o Brasil colherá 264,5 milhões de toneladas na safra 2021. O resultado é 4,1% maior (10,3 milhões de toneladas) do que em 2020 (254,1 milhões de toneladas), mas 0,2% menor (-409,9 mil toneladas) em relação à estimativa anterior feita pelo instituto.

A área a ser colhida é calculada em  67,9 milhões de hectares, sendo 3,7% (2,4 milhões de hectares) maior do que a registrada no ano passado e 0,2% (135,5 mil hectares) superior ao projetado no mês anterior.

Colheita de soja em Mato Grosso, que responde por 45% do total de grão, segundo o IBGE (Foto: José Medeiros/Ed. Globo)

 

 

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos agrícolas desta temporada. Somados, eles representam 92,9% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida.

Frente a 2020, houve acréscimos de 5,9% na área do milho (2,6% na primeira safra e 7,1% na segunda); de 4,1% na da soja e de 0,1% na do arroz. Por outro lado, houve declínios de 12% na área do algodão e de 0,1% na do arroz.

Para a soja, o IBGE estima recorde na produção, com 131,9 milhões de toneladas, alta de 8,6% na comparação com 2020. A produção do arroz foi estimada em 11,1 milhões de toneladas, com alta de 0,3%.

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Há estimativa de declínio de 0,7% na produção de milho (queda de 3,1 % na primeira safra e alta de 0,1% na segunda), totalizando 102,5 milhões de toneladas. Já a projeção para o algodão herbáceo é de queda de -16,8% na produção, totalizando 5,9 milhões de toneladas.

Para o feijão, a previsão é de uma produção de 3 milhões de toneladas – 2,3% menor do que a feita em março, mas 2,4% maior do que no ano anterior. Também há projeção de aumento de 2,7% na área colhidas.

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Regiões

As regiões Sul (11,7%), Sudeste (6,0%), Norte (1,3%) e Nordeste (4,1%) tiveram acréscimos em suas estimativas. O Sul deve produzir 81,6 milhões de toneladas (30,9% do total do país), o Sudeste, 27,3 milhões de toneladas (10,3% do total), o Nordeste, 23,5 milhões (8,9% do total) e o Norte, 11,1 milhões (4,2% do total).

Já o Centro-Oeste teve queda de 0,7% em sua estimativa. Mesmo assim, será o maior produtor do país, com 120,9 milhões de toneladas (45,7% da safra brasileria).

Entre os Estados, destaque para Mato Grosso, que lidera com participação de 27,2%, seguido pelo Paraná (15,3%), Rio Grande do Sul (13,4%), Goiás (9,8%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (6,4%). Juntos, eles representaram 80,4% do total nacional.

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As altas frente ao mês anterior ocorreram em São Paulo (623,6 mil toneladas), Goiás (237,9 mil toneladas), Ceará (116,4 mil toneladas), Bahia (51,2 mil toneladas), Pernambuco (17,4 mil toneladas), Acre (8,8 mil toneladas), Minas Gerais (5,5 mil toneladas), Alagoas (3,1 mil toneladas), Espírito Santo (621 toneladas) e Rio de Janeiro (11 toneladas).

Já as quedas foram registradas no Paraná (-1,4 milhão de toneladas), Piauí (-13,2 mil toneladas), Amapá (-13,1 mil toneladas), Maranhão (-1,6 mil toneladas) e Rio Grande do Norte (- 1,6 mil toneladas).

Café e cana

A estimativa da produção brasileira de café para 2021, considerando-se as duas espécies (arábica e conillon), foi de 2,8 milhões de toneladas, declínio de 0,6% em relação ao mês anterior e de 24,3% em relação ao ano anterior.

O rendimento médio caiu 0,3% em relação ao mês anterior e 20% no comparativo anual. A área plantada apresenta declínio de 5,1% e a área a ser colhida, 5,3%.

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Para o café arábica, a produção estimada foi de 1,9 milhão de toneladas, ou 31,8 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 1% em relação ao mês anterior e de 33,2% em relação ao ano anterior. Para o conillon, projeta-se 911,8 mil toneladas, ou 15,2 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 0,4% em relação ao mês anterior e de 5,4% em relação a 2020.

Para a cana-de-açúcar, a estimativa da produção brasileira foi de 654,7 milhões de toneladas, uma redução de 2,1% em relação ao mês anterior. O rendimento médio dos canaviais apresentou decréscimo de 1,2%.

Em relação a 2020, a estimativa de produção também apresentou redução de 3,4%, com queda de 1,6% na área destinada à colheita e de 1,9% no rendimento médio. O clima seco do ano passado e no verão deste ano, prejudicou o desenvolvimento dos canaviais, afirma o IBGE.

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Cereais de inverno

Em relação aos cereais de inverno produzidos no Brasil, o IBGE destaca o trigo, a aveia branca e a cevada. A estimativa da produção do trigo foi de 7,3 milhões de toneladas, crescimento de 18,3% em relação ao ano anterior, com o rendimento médio devendo aumentar 17,2%.

A região Sul deve responder por 88,7% da produção tritícola nacional em 2021. No Paraná, maior produtor de trigo, com participação de 51,7% no total nacional, a produção foi estimada em 3,8 milhões de toneladas, crescimento de 21,8% no ano. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor, com participação de 35%, deve produzir 2,6 milhões de toneladas, crescimento de 22,1% em relação ao ano anterior.

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A estimativa da produção da aveia foi de 982,8 mil toneladas, crescimento de 6,2% em relação ao ano anterior. O clima adverso também comprometeu as produções de aveia no Rio Grande do Sul e no Paraná em 2020. Esses Estados são os maiores produtores brasileiros do cereal, com estimativas de 740,5 mil toneladas e 174,6 mil toneladas, respectivamente.

Para a cevada, a produção estimada é de 431,8 mil toneladas, aumento de 0,8% em relação ao mês anterior, e crescimento de 14% em relação ao ano anterior. Os maiores produtores do cereal são Paraná, com 307,0 mil toneladas, e Rio Grande do Sul, com 111,1 mil toneladas, cujas produções somadas representam 96,8% do total nacional.
Source: Rural

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