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Sistema de irrigação inteligente da startup IrriGate na Fazenda Urbana de Curitiba (PR) (Foto: Divulgação)

 

Em Curitiba (PR), basta a temperatura ultrapassar 20 ºC para os sensores do sistema de irrigação inteligente acionarem a nebulização e garantirem a temperatura adequada para as plantas da Fazenda Urbana do município.

Batizado como IrrigaPlay, o sistema foi desenvolvido por ex-alunos de engenharia eletrônica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que se formaram no fim de 2020, e um professor.

Eles se associaram para fundar no ano passado a IrriGate, agtech com foco na irrigação inteligente que visa oferecer opções de baixo custo para públicos como, por exemplo, agricultores familiares.

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A agtech já desenvolveu três protótipos: o IrrigaEasy (sistema para jardins empresariais, hortas residenciais e fazendas urbanas), o IrrigaPlay (nebulização com controle de temperatura para estufas agrícolas) e o IrrigaPro (irrigação autônoma por tipo de cultivo para a agricultura familiar).

Além de automatizar os serviços, o foco da startup é economizar água, evitando desperdício em caso de precipitação ou tempo úmido. O IrrigaPlay, conta Breno Gonçalves, um dos sócios, foi um aperfeiçoamento desenvolvido especificamente para a Fazenda Urbana de Curitiba.

"Eles queriam uma solução de nebulização para controlar as temperaturas nas estufas. Aí adaptamos o nosso sistema para essa demanda", relata o engenheiro.

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Com o sucesso dos primeiros projetos, Gonçalves decidiu mergulhar na área da irrigação inteligente em seu trabalho de conclusão de curso entregue no fim de 2020 e desenvolveu junto com o seu colega Gabriel Nowacki Pupo o IrrigaPro.

A nova tecnologia monitora pH do solo e faz previsão local de chuvas e geadas a partir de sensores sem fio alimentados por energia solar para oferecer irrigação autônoma. Seu funcionamento já foi testado na Fazenda Experimental Gralha Azul da PUCPR, com resultados satisfatórios, de acordo com Gonçalves.

“O produtor ainda tem a opção de selecionar a cultura com que trabalha para cultivar com as condições de umidades específicas daquela planta. Os cálculos também consideram em que região do Brasil ele está”, detalha o sócio da IrriGate.

IrrigaEasy usa água na medida certa a partir do uso de sensores (Foto: Divulgação)

 

Opção para agricultura familiar

Todos os produtos contam com monitoramento remoto via aplicativo com dashboards. Para funcionar, precisam de infraestrutura elétrica e hidráulica já instaladas e conexão wifi. Os três protótipos foram desenvolvidos para atender à agricultura familiar.

“A concorrência mira o grande produtor, custando dezenas de milhares de reais. Já o pequeno fica preso aos sistemas manuais. Trabalhando em uma escala menor e com produtos nacionais, conseguimos oferecer um produto mais barato e com baixo custo de manutenção", explica o criador do IrrigaPro.

"A ideia é ter um serviço de assinatura ou de aluguel tanto para parcelar o valor quanto para garantir a manutenção”, ele acrescenta. O preço de tabela do IrrigaEazy é R$ 2 mil e oferece até quatro circuitos hidráulicos individuais. Na mesma configuração, o IrrigaPlay custa R$ 2,8 mil. Ambos têm taxa de serviço de R$ 39.

Já o IrrigaPro sai a partir de R$ 5 mil, também com quatro circuitos hidráulicos. "Entretanto, esse valor pode aumentar se o cliente desejar aumentar o abastecimento de água ou o número de sensores que enviam sinais via rádio para a unidade de controle de irrigação", informa Gonçalves. A taxa mensal também é mais elevada: R$ 69.

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Gonçalves também observa que a startup pretende disponibilizar o produto em empresas parceiras do agronegócio para revenda, vendas diretas para o consumidor pela internet e locação de equipamentos.

“Desde 2020, somos acelerados pelo Spine [núcleo de empreendedorismo e inovação da Escola Politécnica da PUCPR], mas é mais uma assessoria com networking e palestras, o que não deixa de ser fundamental para conseguirmos parceiros”, destaca.
Source: Rural

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