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(Foto: Fellipe Abreu/Editora Globo)

 

O Paraná anunciou a criação de um programa de investimento para aumentar sua força no setor agropecuário. O alcance do Banco do Agricultor Paranaense é estimado em R$ 500 milhões, e os primeiros contratos de financiamento foram assinados na terça-feira (27/4).

A proposta é alavancar investimentos por meio da equalização de taxa de juros em diversas atividades agropecuárias, além de promover inovação tecnológica, sustentabilidade, geração de emprego e melhoria da competitividade do produto paranaense.

Para isso, o Estado vai compensar o agricultor, por meio da Fomento Paraná, com o reembolso de até 3 pontos percentuais do juro contratado junto às instituições financeiras que trabalham com crédito rural – neste primeiro momento estão credenciados o Banco do Brasil, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e cooperativas de crédito.

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“É um dia de muita alegria porque conseguimos fortalecer o agronegócio paranaense, especialmente aquelas micro e pequenas propriedades, aliando o desenvolvimento econômico ao desenvolvimento social”, destacou o governador Ratinho Junior.

Ele ressaltou que, dependendo do enquadramento dentro do programa e das condições do empréstimo, o financiamento será a juro zero para o agricultor, com os encargos ficando sob responsabilidade do governo. Há, ainda, carência mínima para o pagamento da primeira prestação, variável de acordo com cada linha de crédito.

De acordo com a lei aprovada pela Assembleia Legislativa, a subvenção está autorizada para cooperativas e associações de produção, comercialização e reciclagem, e a agroindústrias familiares, além de projetos que utilizem fontes renováveis de geração de energia ou destinados à irrigação, entre outros.

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Apoio e expectativa

A iniciativa recebeu apoio do setor produtivo. Presidente do Sistema FAEP – Federação da Agricultura do Paraná, Ágide Meneguette lembrou que o projeto era um pedido antigo dos produtores. “Algo que vai resultar em mais empregos, renda e sustentabilidade em todo o Paraná”, afirmou.

“O programa vai transformar a vida no campo”, completou o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Marcos Brambilla.

Uma das linhas oferecidas é para projetos de irrigação, com subvenção para financiamento de até R$ 850 mil. Nesse caso, os agricultores familiares, de forma geral, e os médios e grandes produtores da região poderão equalizar até 3% de taxas de juros ao ano. Para médios e grandes produtores até 2%. Serão beneficiados projetos para a produção de grãos, pastagens, forragens, mandioca, café, frutícolas, flores e olerícolas.

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Para o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o banco ganha ainda mais importância por incentivar a adoção de medidas sustentáveis, como a produção de energia limpa. O grupo representa 216 cooperativas paranaenses. “A avaliação é muito positiva, especialmente porque a questão ambiental pesa muito. Temos necessidade de gerar energia. Hoje não temos energia suficiente para todos”, ressaltou.

O projeto prevê, também, subvenção para operações em obras civis, aquisição de materiais e equipamentos e na elaboração de projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis. Serão passíveis do benefício valores financiados de até R$ 500 mil para energia solar fotovoltaica e de até R$ 1,5 milhão em biomassa. A equalização é de 3%.

O decreto estipula que, de forma excepcional, programas de apoio à irrigação e de fomento ao uso de fontes de energia alternativas terão equalização integral das taxas de juros em contratações efetivadas até 31 de dezembro de 2022. Para acessar o programa, basta o banco conveniado com a Fomento Paraná e acertar as condições.

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Source: Rural

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