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(Foto: José Medeiros/ Editora Globo)

 

Após uma semana de tensões em Uruguaiana (RS), na fronteira Brasil-Argentina, cerca de 50 caminhões vindos da Argentina cruzaram a fronteira na manhã desta segunda-feira (26/4). A liberação é resultado de acordo fechado no final de semana com caminhoneiros autônomos do Brasil, prefeitura e Receita Federal para suspender o bloqueio na fronteira.

Os motoristas vindos da Argentina foram submetidos a testes rápidos de Covid-19 antes de ter autorização para seguir viagem. Pela manhã, 800 caminhões ainda estavam parados na aduana de Uruguaiana, sendo que 540 já estavam autorizados pelos fiscais a sair.

“A situação começou a melhorar, houve acordo e os caminhoneiros resolveram suspender o movimento do lado do Brasil que impedia a entrada dos argentinos por causa do teste da Covid”, disse Cláudio Montano, auditor-fiscal da Receita Federal em Uruguaiana. 

 

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O movimento começou na semana passada, quando a Argentina passou a exigir dos motoristas internacionais, para ingresso no país, teste RT-PCR negativo para detectar a Covid-19 feito nas últimas 72 horas.

Isso irritou os caminhoneiros brasileiros, que passaram a exigir tratamento igual dos dois lados. Na semana passada, também houve protesto dos argentinos em apoio aos colegas brasileiros. Segundo Montano, os argentinos são contra a exigência de testes e querem a antecipação da vacina.

Francisco Cardoso, presidente da Associação Brasileira dos Transportadores Internacionais (ABTI), disse que, no final de sexta-feira (23/4), as autoridades argentinas aceitaram flexibilizar as exigências.

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“A partir de 1º de maio, os argentinos também terão que apresentar exame para retornar ao país, e o teste passa a ter uma exigência de sete dias de antecedência e não mais de 72 horas", ressaltou.

Como isso só passa a valer no sábado (1/5), um acordo com a Prefeitura de Uruguaiana garantiu a cessão de dois enfermeiros da Secretaria Municipal da Saúde para fazer testes rápidos nos argentinos no Terminal Aduaneiro da BR-290, com custos bancados pela ABTI.

“Acreditamos que devam cruzar a fronteira hoje (26/4) cerca de 200 a 300 caminhões vindos de Passos de Los Livres e a mesma média do lado brasileiro”, estima Cardoso. Segundo ele, o movimento normal na fronteira chega a 800 caminhões por dia.
Source: Rural

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