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(Foto: Getty Images)

 

O AgTech Garage, hub de fomento à inovação no agronegócio, com sede em Piracicaba (SP), anunciou nesta sexta-feira (16/4) as 12 startups selecionadas na terceira edição do programa de potencialização, Intensive Connection, promovido em parceria com grandes empresas do setor. Com foco na sustentabilidade e na competitividade do agronegócio nacional, a iniciativa visa aproximar empreendedores de executivos.

Da seletiva deste ano participaram a brasileira de papel e celulose Suzano, o banco cooperativo Sicredi, a marroquina de fertilizantes OCP, a francesa de saúde animal Ceva, a trading americana Bunge e a multinacional alemã Bayer. O comunicado da AgTech Garage ressalta que o programa não requer participação acionária nas startups e tem duração de seis meses.

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“No período que vai de maio a outubro de 2021, as startups terão acesso a mentorias, networking, eventos, conexões e todo o apoio do AgTech Garage e dos parceiros corporativos para aperfeiçoarem suas soluções e ganharem escalabilidade”, promete o hub de inovação.

“A proximidade entre as companhias e as ag&food techs pode resultar ainda em provas de conceito de produtos (POCs), negócios, co-desenvolvimento de novas soluções tecnológicas e até mesmo investimentos, tudo para impulsionar a sustentabilidade e competitividade do agronegócio”, acrescenta.

José Tomé, CEO do AgTech Garage, conta que o número de inscrições para o Intensive Connection mais do que dobrou na edição deste ano em relação à anterior, chegando a 209 startups. A seletiva foi aberta, pela primeira vez, a agtechs e foodtechs de toda a América Latina e 20% das inscrições vieram de fora do Brasil.

“Lançamos o desafio para soluções de fora da porteira e recebemos inscrições amplas, de startups desde agrícolas até da área de crédito e indústria. O nosso primeiro objetivo, de ter contato com toda a cadeia, foi atingido e vemos grande potencial de construir junto com as selecionadas novas soluções”, diz Rogério Vasconcelos, Gerente Sênior de Inovação e Novos Projetos da Bunge.

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Selecionadas

Em busca de tecnologias para reduzir o custo e aumentar a eficiência operacional da restauração florestal, a Suzano selecionou as startups Amtech e Plantem. A primeira monitora e contabiliza os recursos humanos e materiais envolvidos na operação florestal a campo. Já a  segunda usa sensores conectados a árvores e estações meteorológicas para fornecer em uma plataforma digital dados de serviços ecossistêmicos em tempo real.

O Sicredi, com a ideia de ajudar o produtor a aperfeiçoar o planejamento da safra, a gestão financeira da propriedade e o manejo de pragas e doenças, optou trabalhar com a Lucro Rural que oferece soluções de gerenciamento da fazenda, sobretudo financeiro, tributário e de compras e vendas, com a promessa de aumentar a lucratividade.

O sistema cooperativo financeiro escolheu também a Connect Farm, que trabalha com a integração de dados agronômicos com o objetivo de otimizar o uso de recursos, direcionando esforços para o aumento da produtividade.

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Já os temas da OCP foram a democratização do acesso aos fertilizantes pelo agricultor e soluções para otimizar as estratégias de adubação. A empresa selecionou a agtech Sensix, de inteligência em monitoramento agrícola por meio do processamento de imagens coletadas por drones. Além da a Krilltech, produtora de nano bioestimulantes vegetais e nano fertilizantes orgânicos com o objetivo de aumentar a qualidade nutricional dos alimentos.

A Ceva, que buscava novos serviços para fidelização de clientes, voltados ao bem-estar animal, ambiente e manejo, deu o primeiro passo para se aproximar da E-ctare, plataforma financeira de antecipação de recebíveis e marketplace integrado de insumos e venda da produção, e da Pecsmart, startup de gestão pecuária, que fornece o acesso a métricas zootécnicas, biometria e gerenciamento de dados por uma plataforma digital.

No caso da Bunge, cujo foco eram soluções de fora da porteira, o programa terá sequência com AgTrace e Manfing. A AgTrace é uma plataforma de rastreabilidade e segurança alimentar, que digitaliza as informações da cadeia produtiva e facilita a visualização e acompanhamento de processos. Enquanto a Manfing tem uma plataforma de análise de dados de vendas com uma série de aplicações, entre elas reativar clientes inativos, vender mais para os ativos e dar maior previsibilidade a essas operações.

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Para a Bayer, a jornada segue ao lado da Já entendi e My Farm Agro, que atenderão à demanda da empresa pela capacitação de agricultores para o uso de novas tecnologias.

A Já entendi oferece uma plataforma de capacitação e treinamento de profissionais com baixa escolaridade e adota conteúdos criados com uma metodologia própria para acelerar a aprendizagem. A My Farm Agro disponibiliza uma plataforma de conhecimento para os profissionais do campo desenvolverem competências nas áreas de agronomia, vendas e empreendedorismo.
Source: Rural

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