Skip to main content

(Foto: Getty Images)

 

A próxima revolução na agricultura virá do solo. Ou melhor: da saúde e da sustentabilidade onde se produzem alimentos. Com muitas formas, variados nomes e desenvolvido a partir das características das mais diferentes regiões, a terra rica em nutrientes e que faz a nossa comida crescer é rara e preciosa. Saber preservá-la e melhorar sua forma de uso significa ter uma lavoura longeva.

Diante da demanda crescente por alimentos, a nutrição adequada do solo é garantia para se obter um bom potencial produtivo, seja qual for a cultura. Em uma camada de zero a dez centímetros, habitam milhares de bactérias, vírus, protozoários, fungos, minhocas e insetos. E, em uma área de um hectare desse pequeno mundo, podem habitar mais de dez mil espécies.

saiba mais

Embrapa quer usar games para divulgar conhecimento sobre uso do solo

10 perguntas sobre solo

 

A diferença entre a poeira infértil e a terra viva depende diretamente da abundância e da diversidade desses organismos. Um sistema variado será responsável pela estruturação, retenção de água, reciclagem de nutrientes, proteção de plantas, promoção do crescimento vegetal e degradação de materiais orgânicos.

Portanto, quanto mais heterogêneo for esse microambiente, mais resultados virão. Solo bom é o que alimenta as plantas, ajudando no seu desenvolvimento. É aquele que tem nutrientes capazes de manter um ambiente limpo e menos poluído, evitando a erosão e protegendo as plantas de danos.

Para detectar com exatidão as diferenças de solos não percebidas em análises convencionais, surgiu o estudo das atividades enzimáticas. Essas avaliações ajudam a determinar, por exemplo, o volume de fertilizantes necessários e a planta de cobertura mais adequada para determinada área. Para fazer um paralelo, são como um exame de DNA do solo.

 

saiba mais

Conheça três empresas atentas ao futuro da comida no Brasil

Comissão latino-americana reúne organizações para promover alimentação saudável

 

Estamos diante de um recurso com enorme potencial transformador e que ainda está dando os primeiros passos no país. Ao lado da inteligência de dados, abrirá um novo horizonte para o agro. Contribuirá para que os produtores alcancem um resultado ainda melhor, de forma veloz e assertiva, e reforçará a vocação do Brasil em alimentar o mundo. Virá do solo o próximo grande salto de produtividade do campo.

* Diretor técnico da ConnectFarm e Professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Campus  Frederico Westphalen

**As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade de seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da revista Globo Rural
Source: Rural

Leave a Reply