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(Foto: Flickr)

 

Os preços das principais hortaliças vendidas no atacado registraram queda em março. O resultado, segundo boletim da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quinta-feira (15/4), é reflexo de uma maior oferta nos mercados aliado a uma diminuição no consumo. O mesmo comportamento foi verificado em relação às frutas.

Enquanto o avanço da colheita resulta em uma maior quantidade de produto nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas, as medidas restritivas visando o combate ao coronavírus afetam a demanda. Em abril, o cenário segue ainda incerto, destaca o relatório.

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A maior queda foi verificada nos preços de comercialização da batata – as cotações caíram dois dígitos em todas as Ceasas pesquisadas. O Rio de Janeiro foi o Estado que registrou o barateamento mais intenso, chegando a um percentual negativo de 39,47%.

Com o pico da safra das águas registrado entre fevereiro e março, essa redução era esperada. Já para este mês a tendência é que ocorra pressão de alta nos preços, diz a Conab.

No entanto, fatores que aliviam este movimento ainda estarão presentes, como medidas para conter o avanço da Covid-19 e a incerteza do produtor quanto ao que vai ser direcionado ao mercado.

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O mesmo ocorre com a cenoura. O entreposto de Goiás registrou queda de 28% nos preços. Mesmo que já seja possível observar uma reversão da tendência de declínio das cotações, o aumento registrado no início de abril ainda é pequeno, observa a Conab.

Cebola e tomate também registram comportamento semelhante. No caso do bulbo, a oferta a nível nacional aumentou cerca de 15%. Mas a tendência dos preços para abril será determinada pela intensificação da colheita nas regiões produtoras do Nordeste, uma vez que se registra o final da safra no Sul do país.

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"Em abril, as cotações do tomate, por sua vez, começam a apresentar alta, pois o ápice da safra de verão já ocorreu e a oferta das áreas produtoras não deve se sustentar nos mesmos patamares", diz a Conab.

Na Ceagesp, em São Paulo, as hortaliças que ficaram mais baratas foram o chuchu (-36%), a rúcula (-32%), o cará (-31%), a abobrinha (-28%), a berinjela (-24%), o inhame (-21%), a couve-flor (-14%) e o quiabo (-13%).

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Frutas

Entre as frutas, destaque para a maçã e o mamão. Enquanto a primeira ficou mais barata em todas as centrais analisadas, a segunda teve elevação de preço, chegando a mais do que dobrar em Goiânia (+144,85%).

A queda nos valores comercializados da maçã segue os motivos das reduções nas hortaliças, explica a Conab, com uma maior oferta nas regiões produtoras – principalmente com a intensificação da variedade fuji – combinada com a demanda mais fraca.

Para o mamão, apesar da diminuição pela procura, a menor colheita na maioria das regiões produtoras foi determinante para a alta.

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Na Ceagesp, em São Paulo, as frutas que mais caíram de preço em março foram o caqui (-28%), a tangerina importada (-28%), o caju (-24%), a tangerina nacional (-20%), o limão (-17%), o maracujá (-16%) e a atemoia (-12%).

A expectativa é de que, em abril, ocorra um aumento no volume do produto disponível no atacado diante da projeção de amadurecimento precoce de frutas no oeste baiano devido ao calor.
Source: Rural

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