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(Foto: Marcelo Mendes de Haro/Divulgação)

 

A visualização de gafanhotos “gigantes” em Santa Catarina nesta semana, na região de Campos Novos e Água Doce, tem assustado produtores rurais e também a população urbana.

Segundo o entomologista Marcelo Mendes de Haro, da Estação Experimental de Itajaí da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), os insetos do gênero tropidacris são nativos, existem em todo o país e na América Latina, não formam nuvens e não oferecem risco às lavouras, às pessoas ou aos animais.

“Eles sempre estiveram aqui. A diferença é que agora, em tempo de pandemia, quando as pessoas estão mais assustadas e mais atuantes nas redes sociais, eles foram notados. Esse período de temperatura elevada e sem chuvas pode causar um boom populacional do inseto, mas assim que o inverno chegar eles desaparecem.”

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O especialista garante que esse tipo de gafanhoto, que tem tamanho médio de 12 cm, mas pode chegar a 20 cm de envergadura da asa, não tem nenhuma relação com aqueles que fizeram nuvens e invadiram plantações na Argentina no ano passado.

“Ele é grande, faz barulho ao comer e voar, mas não é nocivo e não tem costume de se deslocar em grupos para se alimentar. Só vi problemas com esse tipo de gafanhoto uma vez no norte de Minas Gerais, quando atacaram uma plantação de banana que era a única coisa verde em quilômetros", destaca.

(Foto: Redes sociais)

 

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Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, diz que também houve relatos dispersos de aparecimento do gafanhoto do gênero tropidacris em todas as regiões do Estado, mas não há nenhum registro de danos a plantas cultivadas.

Alerta na Argentina

No início do mês, houve notificações de gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata em lavouras de soja e algodão na província do Chaco, na Argentina. Segundo informações desta quinta-feira (15/4) do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), foram observadas baixas populações no Chaco e com risco pequeno de formar nuvens.

Apesar disso, as autoridades argentinas destacaram que os produtores foram alertados para denunciar se houver novas aparições. Não há, de acordo com o Senasa, relatos de gafanhotos na fronteira com o Brasil.

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Source: Rural

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